Canudos

Nos antigos povoados

Do Nordeste Brasileiro

Será sempre lembrado

Pelo Brasil inteiro

A história de um arraial

Por nome de Canudos

Nesse verso magistral

Feito em versos miúdos

Aonde vamos relatar

Relatos de um lugar

( 1 )

Nas bandas do Raso da Catarina

Essa história afina

As quebradas do Sertão

No extremo Sertão

Do estado do Ceará

Município de Quixeramobim

Esse foi o lugar

Que António Conselheiro

Começa o estopim

Lembrado no Mundo inteiro

( 2 )

Pelo seu triste fim

A história de um religioso

Do Sertão pedregoso

Lá do Ceará

Que desafiou o governo

Sem saber no que ia dá

E totalmente sem ermo

Desafiando o governo

Arrumando confusão

Por vício de religião

( 3 )

O Arraial de Canudos

Resolve comandar

Nesses versos miúdos

Apresento aquele lugar

O cabra governava com mãos de ferro

Dizendo que todo mundo

Deveria carregar o fardo

Arrependendo de seus pecados

Pra não ser lançado no inferno

No lugar profundo

( 4 )

Recebendo o fogo eterno

Era a maior penitência

Não se tinha clemência

Com aquele povo

Sofrendo na chibata

Do maluco de precata

Oprimindo o povo

Com sua voz beata

Por essa vida ingrata

Recebeu sua punição

( 5 )

Por incitar o ódio

Da loucura no Sertão

Pois naqueles primórdios

Recebeu sua sanção

Sendo punido

Pelo governo da Nação

E no espaço concedido

O Arraial de Canudos

Foi posto no chão

E o líder de Canudos

Morto no Sertão

( 6 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel do Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 04/03/2023
Código do texto: T7732766
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.