O juazeiro
Lindo é o juazeiro
Do Nordeste brasileiro
Terra de boi marroeiro
Que berra o dia inteiro
Nessa terra encantada
No juazeiro faz morada
História que é contada
Numa noite enluarada
Convém que esta árvore
Resistente como mármore
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Símbolo do Sertão
Aplique sua função
No resultado do produto
Em certa ocasião
Distribui seu fruto
No correr da estação
Mediantes os laboratórios
Suas folhas são acessórios
Na manifestação natural
Substitui creme dental
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Um exemplo de postura
Mediante a compostura
No jogo de cintura
De um povo de cultura
De nada vale a ciência
Se não prestar continência
Aos atos da natureza
Um sinal da grandeza
Da manifestação do Senhor
Na natureza ELE é autor
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De grandes proezas
Diante as incertezas
Que no Sertão é gerado
Faz o certo vencer o errado
No ato que empresta
O juazeiro é dono da festa
Com seus frutos carregados
Atingindo olhos arregalados
Em tempos de criança
Motivo de comilança
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Universo dianteiro
Do Nordeste brasileiro
O juazeiro é emblemático
No seu progresso prático
Na construção dos povoados
Engloba todos os lados
Desse meu Nordeste
De povo guerreiro, cabra da peste
Progressão inicial
Que nasce da zona rural
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Espalhando pelas ruas
Contrastando com as luas
Nas cidades do interior
Com maestria e primor
Deus foi magistral
Não carece ser radical
No conceito final
O juazeiro, árvore símbolo nacional
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.