Fui á Estação e descrevi o Sertão
Que aqui foi descrito por Guimarães Rosa
Em seus contos de verso e prosa
Prezo aqui satisfação
No dia que fui a Praça da Estação
Hoje é Praça de Eventos
Seguindo os alinhamentos
Vira Praça do Forró
No Sertão que arrocha o nó
Descrevo o Grande Sertão Veredas
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Mediante as enveredas
Do escritor Guimarães Rosa
No cordel vira mote e glosa
Para descrever a história do Sertão
Cabe aqui fazer refutação
João Guimarães Rosa
Batendo um dedo de prosa
Junto com os vaqueiros
Matutos baianos e mineiros
Descreveu os Sertões de Minas
( 2 )
O Sertão com suas sinas
Estendeu para os Sertões da Bahia
No cordel da alegria
Do Sertão que vira livro
Vira enredo ao vivo
Do Grande Sertão Veredas
Das terras medianeiras
Que vira cordel em luzeiro
É o apagar do candeeiro
Do fogo que vira braseiro
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Veredas, veredas é do Nordeste
É do Sertão cabra da peste
Vai além de Minas e da Bahia
É o som que contagia
O universo do forró
É como um vaqueiro que arrocha o nó
O Sertão esta por toda parte
No entoar de um sino
Esta no coração do Nordestino
Vive o contraste
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De sua vegetação
Tem vereda no Sertão
Tem chuva que respinga
No Cerrado e Caatinga
O Sertão esta em todo lugar
Esta no coração do Nordestino
Que segue o seu próprio destino
Faz o verso encantar
E o seu Sertão divulgar
As veredas é do Sertão
( 5 )
O Sertão é o do Nordeste
Aqui faço menção
Com esse cordel cabra da peste
As veredas estão aqui
Também estão ali
Esta no estado do Piauí
Nem precisa de confusão
Das veredas do Maranhão
As veredas descreve o matuto
Lá no Sertão do Pernambuco
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Sertão é do lugar
É das veredas do Ceará
Nem preciso contar
O vaqueiro de sorte
Do Rio Grande do Norte
Na arte de encantar
O universo potiguar
Sertão é da banda de riba
Lá no estado da Paraíba
Sertão do vaqueiro veterano
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No estado alagoano
É o vaqueiro aboiando
No solo sergipano
Sertão é o cordel e o forró
É vaquejada, é toada, é aboio
O universo faz comboio
Em um verso só
Essas coisas só tem aqui
Nem cabe discutir
É como a caatinga
( 8 )
Na verdade que respinga
Na mente a atingir
Esse bioma
É como um genoma
Só existe aqui
Daqui de Várzea da Palma
Com poesia de corta a alma
Que descrevi as veredas do Sertão
Na Velha Estação
Em período de festa de apartação
( 9 )
Tem forró na velha Estação
O forró da Praça de Eventos
Que seguindo os alinhamentos
Nada contesta
O povo faz a festa
Que faça com moderação
Siga o ritmo e o passo
Atendendo o compasso
Do trem na estação
No grande forró do Sertão
( 10 )
Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.