O Cordelista

Nos meus versos de poeta

Nesse sertão brasileiro

Que encanta o estrangeiro

Nos cantos do vaqueiro

Contos do universo dianteiro

Que a humanidade empresta

( 1 )

Sou um poeta moderno

No espaço interno e externo

Também sou tradicional

Descrevendo um sertão genial

Resistindo as modificações do homem

As traças que o consomem

( 2 )

Nessa mesma sintonia

Toco minha poesia

Nesse som que contagia

O universo da alegria

Os meus enredos

Eu mesmo desenredo

( 3 )

Do antigo ao moderno

Difícil desenredar

No cenário dos medos

É preciso encantar

No ato aboio

Canto em meio à inspiração

( 4 )

Caso contrário, é contradição

Jamais forma comboio

No ato do aboiar

É difícil encantar

Muitos desconhecem

Na natureza desobedecem

( 5 )

A cultura do lugar

Nos cantos da toada

O canto é curto

Ele abre as entradas

Do universo matuto

No aboio sertanejo

( 6 )

Cantado pelo vaqueiro

Cantos nas noites enluaradas

Nos contos de longa distância

Relembro saudosa lembrança

Dos tempos de infância

Do sentimento de criança

( 7 )

Que jamais se apagou

Na poesia se consolidou

Nos meus versos discretos

Na forma de protestos

Apresento na maneira descritiva

A forma construtiva

( 8 )

Um assunto abordar

Carece fiscalizar

No esporte, na política e na religião

Deus abomina confusão

No meu repente

Eu bato continência

( 9 )

Ao Deus da existência

Na alta onisciência

Rebaixo a ciência

Referências ao Senhor Onipotente

Nesta queda de braço

Como se derruba boi no laço

( 10 )

Bons valores eu faço

Maus valores desfaço

Numa mesma ocasião

Vaqueiro que derruba boi no chão

Defendo a liberdade de expressão

Combatendo desunião

( 11 )

No mundo da liberdade

Reprimo a desigualdade

Os atos de calamidade

Na busca da igualdade

Nas minhas cantorias

Abaixo as oligarquias

( 12 )

Que a Deus querem comparar

A humanidade querem dominar

Carece de consertar

Jesus Cristo devemos adorar

Cada um vive o seu Cristo Jesus

Nesse mundo reluzente

( 13 )

Do Deus onipotente

Esperando essa luz

No Sertão do roxinol

Enfrento o bater do sol

E diante da fé Espiritual

Aguardo o juízo final

( 14 )

Na mais bela essência

Deus, homem e natureza

Constrói uma freqüência

Na mais alta sutileza

O universo impõe sua beleza

Diante do Deus da natureza

( 15 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 05/02/2023
Código do texto: T7712287
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