Centenário do Glorioso Mártir!

Em dois mil e vinte e três

É imensa a emoção

Na cidade de Altamira

Tem a comemoração

Se festeja o centenário

Desse extraordinário

Mártir São Sebastião

Chegando o mês de janeiro

É tão grande a euforia

Quando chega o dia 20

Se festeja com alegria

O santo de devoção

Nosso São Sebastião

E a cidade se extasia

Lanchas, canoas, caiaques

Na procissão fluvial

Nas águas do Rio Xingu

Vão navegando igual

Chegando bem à tardinha

La pertinho da pracinha

Em frente da catedral

Pelas ruas da cidade

Ao iniciar o dia

Tem corrida e caminhada

Em perfeita simetria

A cidade preparada

Para a festa esperada

Em perfeita harmonia

Essa festa em Altamira

Se tornou tradicional

As pessoas vão chegando

Ao encontro especial

De municípios vizinhos

Vem também os ribeirinhos

E gente da Capital

São muitas atividades

Que acontecem na cidade

Em grande programação

Com responsabilidade

Competições esportivas

E também recreativas

Combinado a idade

Nas águas do Rio Xingu

A atração principal

Canoagem, natação

Programação bem legal

Logo após a procissão

Tem a missa em louvação

E depois, grande arraial

Movido na fé, o povo

Segue o mesmo roteiro

Venerando o santo Mártir

Na procissão o romeiro

Canta também os louvores

E um belo andor com flores

Em honra ao padroeiro

As famílias se reúnem

No salão todo enfeitado

Tendo em sua companhia

Os amigos ao seu lado

Observando as crianças

Participando das danças

Conforme foi ensaiado

Iguarias regionais

Que na quermesse estão

Da Bahia o vatapá

Do Ceará, o baião

Na cuia, o Tacacá

Original do Pará

Com jambu e camarão

Tem pato no tucupi

Todos vão saborear

Também galinha caipira

Que faz se deliciar

Churrasco no espetinho

Um bolo bem gostosinho

Ninguém irá dispensar

Os fogos de artifício

Que estouram lá no céu

Se tornam chuva de luzes

Mais parece um fogaréu

Que a noite ilumina

Que o povo então fascina

E para o show “tira o chapéu”

Sebastião no passado

Foi um soldado Romano

Que ajudava os prisioneiros

Os cristãos em abandono

Abrandava o sofrimento

Aliviando o tormento

De um “tratar” desumano

Ao professar sua fé

Foi então sentenciado

A mando do imperador

Foi cruelmente flechado

Mas mesmo assim, não morreu

Logo reapareceu

Tendo os cristãos ao seu lado

Falando de Jesus Cristo

Segue em solo romano

Voltando a incomodar

A ele, Diocleciano

Mas não teve a mesma sorte

Indo de encontro à morte

Por ordem do soberano

Foi assim Sebastião

Um homem predestinado

Em nome do amor ao Cristo

Na morte foi espancado

Sofrendo grande agressão

Para a satisfação

Do imperador malvado

Nessa data especial

Vê-se um grande cenário

Muita gente participa

Num trabalho voluntário

Para esse grande evento

Unida nesse momento

Se festeja o centenário

É importante lembrar

Quem no passado atuou

E em muitos outros anos

Neles muito trabalhou

Bispo, padre, sacristão

Leigo, irmã e irmão

Que muito se dedicou

E no final do festejo

Fechando a celebração

Ao se despedir da festa

Em prece a aclamação

No brado que contagia

Unidos em sintonia

Viva São Sebastião!