Lampião em Angicos

Foi na Grota de Angicos

Que Lampião Morreu

Seu Cangaço se escafedeu

Soando nos gritos

Das mulheres do Cangaço

Nessa queda de braço

Este saiu derrotado

Só por ter de aliado

O demônio desembestado

Vida de gado

( 1 )

Era viver no Sertão

Na época de Lampião

Dava medo

De até tremer os dedos

Do Cabra que topasse

Com esse Cangaceiro

Antes que alguém imaginasse

Ele chegava primeiro

Mais foi o derradeiro

Pagando o maior dos micos

( 2 )

Na Batalha de Angicos

Caindo na emboscada

Ali preparada

Pelo Tenente João Bezerra

Dando fim naquela guerra

Onde o Cangaço encerra

Pra Virgulino Lampião

Sendo vingado no Sertão

Por um tal de Corisco

Viver no risco

( 3 )

Era vida de Cangaceiro

Sem local pra morar

Muito menos paradeiro

Não escolhia lugar

Muito menos Tabuleiro

Pelo jeito de comportar

Com certeza um Bandoleiro

E falando de conflitos

Apresento o luzeiro

Lampião em Angicos

( 4 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 18/01/2023
Código do texto: T7698637
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