Lampião em Angicos
Foi na Grota de Angicos
Que Lampião Morreu
Seu Cangaço se escafedeu
Soando nos gritos
Das mulheres do Cangaço
Nessa queda de braço
Este saiu derrotado
Só por ter de aliado
O demônio desembestado
Vida de gado
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Era viver no Sertão
Na época de Lampião
Dava medo
De até tremer os dedos
Do Cabra que topasse
Com esse Cangaceiro
Antes que alguém imaginasse
Ele chegava primeiro
Mais foi o derradeiro
Pagando o maior dos micos
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Na Batalha de Angicos
Caindo na emboscada
Ali preparada
Pelo Tenente João Bezerra
Dando fim naquela guerra
Onde o Cangaço encerra
Pra Virgulino Lampião
Sendo vingado no Sertão
Por um tal de Corisco
Viver no risco
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Era vida de Cangaceiro
Sem local pra morar
Muito menos paradeiro
Não escolhia lugar
Muito menos Tabuleiro
Pelo jeito de comportar
Com certeza um Bandoleiro
E falando de conflitos
Apresento o luzeiro
Lampião em Angicos
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.