Lampião Cabra da Peste

No Sertão do Nordeste

Nas bandas do Pajeú

Nasceu um Cabra da Peste

De nome Virgulino

Esse só foi mais um

Bandoleiro Nordestino

Pois chamo de “cabra”

Quem na seca braba

Da Caatinga do Sertão

Tem coragem e bravura

( 1 )

Tendo que sobreviver

Com farinha e rapadura

Chega entristecer

Do apelido Lampião

E o seu pacto com o “cão’

Vivendo de regalia

Com essa mixaria

De Governador do Sertão

Nas bandas do Nordeste

Lampião Cabra da Peste

( 2 )

Teve sua condenação

No dia de sua morte

Teve a cabeça cortada

Junto com seus camaradas

Seguindo a própria sorte

De uma mente perturbada

Uma hora com Deus

Outra hora com o Diabo

Quem sempre venceu

As Volantes deram cabo

( 3 )

No Cangaço de cabo a rabo

Das quebradas do Sertão

Entre os homens brabos

Tinha o Vulgo Lampião,

João Bezerra, Zé Rufino,

Corisco e Zé Baiano

Temidos no Sertão Nordestino

Após Antônio Silvino

Nascia no Nordeste

Lampião Cabra Peste

( 4 )

Comandando a revolução

Que percorreu o Sertão

Na terra do chafariz

Contra o Estado-Nação

Desafiando todo país

Tinha a patente na mão

Pois o Estado sem ação

Não evitou a audácia de Lampião

Que no ato consumado

Foi nomeado

( 5 )

Governador do Sertão

Alagoas, Ceará,

Paraíba, Rio Grande do Norte

E Sergipe invadiu

Foi nas bandas de cá

Local da sua morte

Que o Cangaço ruiu

Nos Sertões do Nordeste

Apresento ao Brasil

Lampião Cabra da Peste

( 6 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 18/01/2023
Reeditado em 21/01/2023
Código do texto: T7698636
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