“Se a saudade soubesse o que é sofrer, Não deixava ninguém da solidão”
Nasci no Nordeste Brasileiro
Minha cultura é raiz
Provei da água do chafariz
Mas o tempo foi mensageiro
Me fez forasteiro
E refém da migração
Tirando do meio do sertão
Minha liberdade de viver
SE A SAUDADE SOUBESSE O QUE É SOFRER,
NÃO DEIXAVA NINGUÉM NA SOLIDÃO
( 1 )
Vivendo sobre a luz do candeeiro
É como se diz
No Nordeste do país
Pra quem é forasteiro
Seguindo o letreiro
Da linguagem do Sertão
Não é fruto da imaginação
Nessa regra de viver
SE A SAUDADE SOUBESSE O QUE É SOFRER,
NÃO DEIXAVA NINGUÉM NA SOLIDÃO
( 2 )
De saudade e sofrimento
Quando causa ânsia
Eu quero distância
Pois dor e tormento
Não é alimento
De um Cristão
É a razão sobre a emoção
No modo de proceder
SE A SAUDADE SOUBESSE O QUE É SOFRER,
NÃO DEIXAVA NINGUÉM NA SOLIDÃO
( 3 )
O melhor é viver
Sem saudade e solidão
Do mar ao sertão
É o outro jeito de vê
As regras de o bom viver
Não existe solidão
Muito menos emoção
E ter que aprender
SE A SAUDADE SOUBESSE O QUE É SOFRER,
NÃO DEIXAVA NINGUÉM NA SOLIDÃO
( 4 )
Mote & Glosa: Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.