Dia da Independência

Vou fazendo a diferença

No cordel da Independência

Resolvi marcar presença

Sei que não chegou o dia

De tal comemoração

Mas apresento com alegria

A poesia do Sertão

Dia 7 de Setembro

Nesse dia que me alembro

A independência da Nação

( 1 )

Mando verso magistral

Pois o Brasil se libertou

E no fim se livrou

Do julgo de Portugal

Mas ficou a herança

Da velha lembrança

De colônia de exploração

Minha conclusão

Vem de dentro do Sertão

Muita fartura e pouco pão

( 2 )

Pra desigual população

Muitos têm pra dá e vender

Outros não têm nem pra comer

Quase 200 anos se passou

Dessa tal revolução

Mais ainda continuou

A maldita exploração

Que torna o país desigual

Nem escolhe local

Sobrando a corrupção

( 3 )

O que adiantou gritar independência

Vivemos na dependência

Das grandes potências

No cenário mundial

Estamos na falência

Produzindo tanto mal

Se não fosse a tal corrupção

Talvez estivéssemos limpos

Passando tudo alimpo

Ás marcas da podridão

( 4 )

Com seu jeito facial

Desde o período colonial

O charlatanismo monarca

Já deixava a sua marca

Pelas terras de Santa Cruz

Que também é Vera Cruz

Se ainda existe uma luz

Vou continuar sorrindo

Não me poluindo

Caminhando com Jesus

( 5 )

Como um bom Nordestino

Por ironia do destino

Sempre questionei a independência

Por manter a dependência

Mantendo os privilégios

Sacrilégio

É vê a população sofrer assédio

Causa até tédio

Desses sujeitos maldosos

Gabam-se de poderosos

( 6 )

Tipo a nobreza e o clero

Em colônias de exploração

Com seu impor severo

Na maldade considero

Tipo um ato sem perdão

Não se importava com o povo

Muito menos com religião

Vale a pena ver de novo

O fruto da corrupção

Que dominou o país

( 7 )

Assim a história diz

Da colônia de exploração

Libertamos de Portugal

Muitos acham genial

Mas a dependência continua

Com político comendo caviar

E pobre morrendo nas ruas

Coragem eu tenho pra falar

A verdade nua e crua

Se você vive

( 8 )

E acha que está livre

Pense nessa tal liberdade

Aceitar as escorias da sociedade

É viver o Brasil colonial

Submetendo ao julgo de Portugal

Não aceite a corrupção

Muitos menos a falsa religião

Qualquer tipo de podridão

Que nos faz colônia de exploração

Tirando-nos o sentimento de Nação

( 9 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 11/01/2023
Código do texto: T7692521
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