“Fala mal do meu sertão, Mais nunca prova o que está falando”

Meu linguajar é catrumano

Mais também é Nordestino

No cordel eu faço plano

Procurando um destino

Acertando a direção

Do verso feito a mão

Das críticas que vem entrando

De gente sem um pingo de noção

FALA MAL DO MEU SERTÃO,

MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO

( 1 )

Pra falar do meu Sertão

Tem que conhecer suas origens

Conhecer as raízes

Não bancar o sabichão

Isso não passa de achismo

De quem vive no comodismo

Só vive criticando

E não busca informação

FALA MAL DO MEU SERTÃO,

MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO

( 2 )

Arruma tanto defeito

Põe seu orgulho no peito

Faz dele um preconceito

Só pra criticar o Sertão

Sempre arruma pretexto

Pra causar confusão

Enquanto eu fico mangando

Gente sem opinião

FALA MAL DO MEU SERTÃO,

MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO

( 3 )

Arruma defeito pra tudo

Que está distante da sua terra

Bancando de sisudo

Sem ao menos conhecer

Causando um pé de guerra

Esse é o modo de dizer

Das diferenças que vivo presenciando

No meio dessa nação

FALA MAL DO MEU SERTÃO,

MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO

( 4 )

Mote & Glosa: Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 09/01/2023
Reeditado em 09/01/2023
Código do texto: T7690766
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