“Fala mal do meu sertão, Mais nunca prova o que está falando”
Meu linguajar é catrumano
Mais também é Nordestino
No cordel eu faço plano
Procurando um destino
Acertando a direção
Do verso feito a mão
Das críticas que vem entrando
De gente sem um pingo de noção
FALA MAL DO MEU SERTÃO,
MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO
( 1 )
Pra falar do meu Sertão
Tem que conhecer suas origens
Conhecer as raízes
Não bancar o sabichão
Isso não passa de achismo
De quem vive no comodismo
Só vive criticando
E não busca informação
FALA MAL DO MEU SERTÃO,
MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO
( 2 )
Arruma tanto defeito
Põe seu orgulho no peito
Faz dele um preconceito
Só pra criticar o Sertão
Sempre arruma pretexto
Pra causar confusão
Enquanto eu fico mangando
Gente sem opinião
FALA MAL DO MEU SERTÃO,
MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO
( 3 )
Arruma defeito pra tudo
Que está distante da sua terra
Bancando de sisudo
Sem ao menos conhecer
Causando um pé de guerra
Esse é o modo de dizer
Das diferenças que vivo presenciando
No meio dessa nação
FALA MAL DO MEU SERTÃO,
MAIS NUNCA PROVA O QUE ESTÁ FALANDO
( 4 )
Mote & Glosa: Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.