Ofício do poeta

No ofício do poeta

A minha rima é completa

Pois a terra está repleta

De gente com português,

Rima e métrica

Apresento pra vocês

O poeta que faz meta

( 1 )

Um verdadeiro menestrel

Um mestre da Literatura de Cordel

Parece até um pintor

Com uma tinta de pincel

Um autêntico promotor

Da arte e da pintura

No enredo ele é fiel

( 2 )

Com seus toques de ternura

É um menestrel

Poeta de literatura

Meu sentimento é profundo

Em dizer que a Literatura de Cordel

Quando escrita no papel

É a maior do Mundo

( 3 )

No movimento multilateral

Ela é universal

Elevando o poeta a profissão

Nos confins dessa Nação

Embora não reconhecido em lei

Na tradição eu já sei

Que toda essa falta de respeito

( 4 )

Nunca influenciara no conceito

Da construção da literatura

De um poeta de postura

Que tem versos

Sua poesia é pura

Não se contamina com o retrocesso

Pois tem jogo de cintura

( 5 )

Não atende o governo

Muito menos os desgovernos

Da falta de direito democrático

É preciso ser prático

Para entender essa nação

Quando não se tem união

Falta liberdade de expressão

( 6 )

Muito menos questão de opinião

A quem diga que poesia é um dom

Escrevendo o mais lindo tom

Da essência da vida

É como Caatinga florida

Mudando de estação

Na paisagem do Sertão

( 7 )

Se a educação fosse levado a sério

Seguindo o conhecimento

Não existiria tanto mistério

Tanta falta de alinhamento

Existiria mais literatura

Mais poetas a altura

Divulgando nossa cultura

( 8 )

Do Sertão aos Carrascais

Com seus versos magistrais

Percorrendo os tabuleiros

Atravessando o Brasil inteiro

Na educação

Teria mais pessoas com disposição

Em levar o Cordel Nordestino

( 9 )

Pra homem, mulher e menino

O Cordel não seria só do Nordeste

Atravessaria o Sertão Cabra da Peste

E todo território varonil

Alcançando todas as crianças do Brasil

É como uma beleza que fascina

Seria o ofício de toda criança Nordestina

( 10 )

Alcançando da criança ao adulto

Sem pagar nenhum tributo

Pois o Cordel é profundo

Tem essência de Deus,Homem e Mundo

O Brasil tem que respeitar os seus poetas

Pois escrevo em linhas retas

Suas contribuições para educação

( 11 )

Tem poetas, escritores, educadores,

Cordelistas, pesquisadores, professores

Tem repentistas, trovadores e aboidadores

Promovendo a boa educação

Que aqui faço questão

Na forma de proceder

E com meus versos esclarecer

( 12 )

As suas contribuições

No Brasil e nos Sertões

Onde os poetas Cordelistas e Não-Cordelistas

Nas funções de educadores e artistas

Fornecendo os seus livros

Até aqueles que não estão mais vivos

Fizeram a sua contribuição

( 13 )

Ao espaço nacional

Com os programas de educação

Do Governo Federal

Que o governo atual

Caia um pouco na real

E pare de ser tão radical

Seja no Sertão, ou nos tabuleiros

( 14 )

Respeitando os poetas Brasileiros

Pois quando falta educação

O Estado é fraco de ação

É um colapso que afeta

Os rumos da nação

Defendemos na linha reta

O respeito à profissão de poeta

( 15 )

Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 04/01/2023
Código do texto: T7687007
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