Porto da Palma
Porto da Palma foi um dos nomes
Dado a cidade de Várzea da Palma
Da lembrança que corta a alma
De um passado sem codinomes
Que desconheço os nomes
Dos primeiros habitantes desse lugar
Tem muita história pra contar
De uma pequena localidade
Da emancipada cidade
Que está localizada lá
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No sertão de Minas Gerais
Há quem diga que nesse período
O cenário era doído
Por esses carrascais
Nesses rumos dos gerais
Havia até cangaceiro
Um sujeito desordeiro
Por nome de Felãozinho
Ao qual abro caminho
Com um cordel em luzeiro
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De mais uma história contada
Por um historiador da região
Que dizia ser filho de Felão
De quem possuía a farda
Com uma vida enfadada
Pertencendo a alta patente
Com o posto de tenente
Chefe da volante mineira
Nasceu em terras altaneiras
De muitas secas tangentes
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Do sertão da Bahia
Tendo no seu ofício
De ter o compromisso
Até ao romper do dia
Com sua artilharia
De capturar Antônio Dó
E colocar no xilindró
O seu bando de Cangaceiros
Os bandidos desordeiros
Que naquela época só
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Botava terror pelo Norte de Minas
E em meio essas sinas
Felão se envolveu com uma menina
Nas pelejas Nordestinas
Marcando as tristes sinas
Do Cangaço no Sertão
Nascendo o filho de Felão
Que anos mais tarde
De uma maneira covarde
Aterrorizando toda região
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E redondezas de Porto Palma
Esse povoado ficou famoso
À custa de um sujeito maldoso
Que metia medo até na alma
Da pessoa mais calma
Que morava nesse arraial
O sujeito era tão radical
Que sobre o seu comando
Organizava o seu bando
Com sentido ao arraial
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Da pacata Vila de Jequitaí
Onde saqueava os diamantes
Entre meio as jusantes
Do Rio Jequitaí
Onde destaco aqui
Como sendo propriedade
Do coronel da cidade
O Major Cipriano de Medeiros
Vítimas dos bandoleiros
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O bando de Cangaceiros
Do povoado de Porto da Palma
Sendo hoje Várzea da Palma
O antigo esconderijo dos bandoleiros
Um grupo de desordeiros
Que foi formado na cidade
Na sua flor da idade
Quando era somente um povoado
Que foi emancipado
E elevado a cidade
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Do Norte de Minas Gerais
Esse fato aconteceu
Depois que o cangaço morreu
No meio dos carrascais
Do Sertão de Minas Gerais
Pois o vulgo felãozinho
Ruiu como um passarinho
Junto com o seu bando
Perdeu os comandos
Entre meio os desalinhos
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Do cangaço no Sertão
Morrendo com seus camaradas
Numa vida desgraçada
E ofício desordeiro
A vida de cangaceiro
Voltando a paz naquele povoado
Que hoje é emancipado
A cidade do sertão
Com histórias da região
Nesse cordel registrado
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.