“Sou Nordestino arretado, Cabra ‘retado’ da muléstia”
Sou Nordestino arretado
Nasci no Norte de Minas
No repente sou danado
Escrevo minhas sinas
Das coisas do passado
Crio uma obra prima
Tudo em linha reta
Onde Minas é estado
SOU NORDESTINO ARRETADO
CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA
( 1 )
Sou Cabra arretado
Da vida de gado
Nas quebradas do Sertão
Sempre apertado
Lutei por solução
No trabalho pesado
Do suor que desce a testa
Pois não me queixo do passado
SOU NORDESTINO ARRETADO
CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA
( 2 )
Meu passado foi doído
Lutando por um dividido
No meio do Sertão
Esse tempo sofrido
Me serviu de inspiração
Ser poeta no Sertão
É viver fazendo festa
Colhendo os frutos do passado
SOU NORDESTINO ARRETADO
CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA
( 3 )
Colher os frutos do passado
Nos mostra que nessa vida
Aquilo que vem do passado
Nem sempre é ruim
E que a peleja da vida
Sempre terá um fim
Boto meu chapéu na testa
Inspirando no passado
SOU NORDESTINO ARRETADO
CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA
( 4 )
Mote & Glosa: Moisés Aboiador Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.