“Sou Nordestino arretado, Cabra ‘retado’ da muléstia”

Sou Nordestino arretado

Nasci no Norte de Minas

No repente sou danado

Escrevo minhas sinas

Das coisas do passado

Crio uma obra prima

Tudo em linha reta

Onde Minas é estado

SOU NORDESTINO ARRETADO

CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA

( 1 )

Sou Cabra arretado

Da vida de gado

Nas quebradas do Sertão

Sempre apertado

Lutei por solução

No trabalho pesado

Do suor que desce a testa

Pois não me queixo do passado

SOU NORDESTINO ARRETADO

CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA

( 2 )

Meu passado foi doído

Lutando por um dividido

No meio do Sertão

Esse tempo sofrido

Me serviu de inspiração

Ser poeta no Sertão

É viver fazendo festa

Colhendo os frutos do passado

SOU NORDESTINO ARRETADO

CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA

( 3 )

Colher os frutos do passado

Nos mostra que nessa vida

Aquilo que vem do passado

Nem sempre é ruim

E que a peleja da vida

Sempre terá um fim

Boto meu chapéu na testa

Inspirando no passado

SOU NORDESTINO ARRETADO

CABRA ‘RETADO’ DA MULÉSTIA

( 4 )

Mote & Glosa: Moisés Aboiador Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 26/12/2022
Código do texto: T7679809
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