“Às vezes penso que estou, Na beira do mar”

Muitos lugares eu andei

Dificuldades eu passei

Fui ajudado

E pessoas ajudei

Ficando o passado

Dos lugares que andei

De tantas coisas pra contar

Nesse tempo que passou

ÀS VEZES PENSO QUE ESTOU,

NA BEIRA DO MAR

( 1 )

O Mar poderia ser Nordestino

Mas coube o destino

Como se fosse um menino

Que a vida põe a lutar

De sair do seu lugar

Sem saber se vai voltar

Mar, só conheço o de lá

Onde o tempo não levou

ÀS VEZES PENSO QUE ESTOU,

NA BEIRA DO MAR

( 2 )

O retirante que estudou

A Geografia do lugar

E logo observou

Tudo de lá prá cá

Que toque a canção

Se o “Mar vai virar Sertão”

E o “Sertão vai virar Mar”

Na lembrança que ficou

ÀS VEZES PENSO QUE ESTOU,

NA BEIRA DO MAR

( 3 )

Sem ficar avexado

São Paulo é o estado

Reduto da “migração”

Do Vaqueiro afamado

Matuto do Sertão

Do Mar ao Sertão

Do Sertão ao Mar

No Nordestino que sou

ÀS VEZES PENSO QUE ESTOU,

NA BEIRA DO MAR

( 4 )

Mar pra mim só serviu

Como objeto de estudo

Nesse mundo viril

Não entro não me iludo

Jamais prove de tudo

Deus é acima de tudo

Do que vem de lá pra cá

O tempo que passou

ÀS VEZES PENSO QUE ESTOU,

NA BEIRA DO MAR

( 5 )

Só serviu de ensino

Para um Nordestino

No mundo diferente

Jamais ser indiferente

E conviver com outros povos

Pois aqui eu aprovo

Aquele que vem de lá

E por aqui passou

ÀS VEZES PENSO QUE ESTOU,

NA BEIRA DO MAR

( 6 )

O tempo vai se passando

A poesia terminando

Ficando na história

O passado de glórias

Que o tempo levou

O presente me proporcionou

Lembranças desse lugar

Da imagem que ficou

ÀS VEZES PENSO QUE ESTOU,

NA BEIRA DO MAR

( 7 )

MOTE & GLOSA: Poeta Moises Pereira Sanguinette - Cordelista

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 19/12/2022
Código do texto: T7675681
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