Inspiração Nordestina

Vou seguindo essa sina

Nos encantos de menina

Nos contos da lamparina

No soar da matina

No decorrer da madrugada

A vontade é danada

Na vida do camarada

Da poesia sonhada

Essa vida me ensina

Não preciso de carabina

( 1 )

O poeta que fascina

A Inspiração Nordestina

Sou um cabra matuto

O Sertão é o meu reduto

Não careço pagar tributo

Faço verso com intuito

Abomino sujeitos corruptos

Não aceito seus insultos

Não adianta trajar de terno

Desrespeitando Deus paterno

( 2 )

Vender a alma pro inferno

Contrariando as leis do eterno

No mundo dos privilégios

Cercado de sacrilégios

Homens exaltando diante Criador

Uma tentativa ao pudor

Desrespeitam a Sã Doutrina

A vida destrói e desatina

Presente em todos os setores

Deixam sequelas e causam dores

( 3 )

No esporte, na política e na religião

Sempre tem um dedo de confusão

Prosseguido de corrupção

Anseiam anular a liberdade de expressão

Falta de organização

E os direitos de constituição

É questão de opinião

Estamos na mesma condição

No mundo da construção

Pegamos a mesma condução

( 4 )

Na opinião construtiva

Numa forma descritiva

Sem jogar ofensas

Respeitar as diferenças

Nesse mundo de crenças

Não permite indiferenças

Na constituição do Senhor

Poder maior ao Criador

Aqui estamos de favor

Mal sabemos o nosso valor

( 5 )

Perante as leis do redentor

No mundo aristocrático

Deus é democrático

Respeita todas as classes

Segue o ritmo e os passes

Da sociedade igualitária

Da essência libertária

Dos valores da cultura

Que a humanidade mistura

Derrubando a usura

( 6 )

Contos de poesia pura

Encantos do Sertão libertário

Que resiste o conto do vigário

Exprime os autos contágios

Descritos nos fatos contrários

Perante essa lida

Previa realidade exprimida

Da adversidade e da injustiça

Onde se planta cobiça

Colhe desigualdade

( 7 )

Fruto mal distribuído

Nesse mundo corrompido

Vendido na sociedade

Essa realidade

Vira calamidade

Planta infidelidade

Combatida pelos justos

E aceita pelos injustos

Do que adianta os tributos

Se ainda perdura os insultos

( 8 )

Jamais um olho astuto

Escapara do Deus oculto

Pode render a finança

Equiparando a Tríplice Aliança

Até derrubar esse repente

Se espelhando na Tríplice Entente

De nada eram essas potências

Perante o Deus das existências

Nesse mundo carece seguir em frente

Nas mãos do Deus Onipotente

( 9 )

Moisés Aboiador Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 16/12/2022
Reeditado em 16/12/2022
Código do texto: T7672827
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