Cultura Nordestina

É Semana da Cultura no Nordeste ....Vamos de Cultura que é o nosso forte......

Cultura Nordestina

Aquela que inspira

Manifesta e fascina

Segue a sua trilha

Na arte e na rima

Do poeta menestrel

Com seus versos de cordel

Descreve o Sertão libertário

Resiste o conto do vigário

No Nordeste literário

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Cultura Nordestina

Que aqui faço rima

Do Vaqueiro do Sertão

Herói Nordestino

Nas festas de apartação

Nesse cordel fino

Vaqueiro é do gibão

Ligeiro como rato

Pega boi no mato

Apartando a criação

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Cultura Nordestina

É a Literatura de Cordel

Quem escreve, assina

A grande representatividade

Do poeta menestrel

Poetizando sua rima

Na pacata cidade

Do interior Nordestino

E sem desatino

Impõe criatividade

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Cultura Nordestina

Descreve a Literatura Cordel

Seu compasso é fiel

Não desafina

Tem cordel, aboio,

Repente e toada

No Sertão

Segue o comboio

Simbolizando as vaquejadas

Em épocas de apartação

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Cultura Nordestina

Arte e pintura

Em forma de xilogravura

É a beleza que fascina

A essência Nordestina

Da paisagem do Sertão

Por aqui, Caatinga

É nossa vegetação

A chuva que aqui respinga

Inverna a estação

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Cultura Nordestina

O cenário é completo

O Brasil muda o dialeto

Da madeira sai a resina

Onde não tem mar

Chão duro vira toá

A chuva que Deus mandou

A plantação irrigou

O sertanejo gritou

Tudo se invernou

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Cultura Nordestina

Distante do tempo moderno

Tempo de chuva é inverno

No dialeto que domina

O dialeto do Sertão

Abelha que faz mel

Mel de abelha de “oropa”

Dentro da vegetação

Quando tem um fogaréu

Deixa o mel e se desloca

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Cultura Nordestina

Que resiste ao passado

Cabra não fica parado

A cultura não afina

É resistente no espaço

No contexto do cangaço

Na veste de cangaceiro

Mulher esbanja seu olhar faceiro

Em traje de vaqueiro do Sertão

Mulher zela a profissão

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Cultura Nordestina

Onde o cabra dança forró

É cabra bão

Que o forró domina

Arrochando o nó

Essa dança do Sertão

Que ninguém fica só

Quando tem xote e baião

Respeita a tradição

Como as músicas de Gonzagão

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Cultura Nordestina

Do forró do passado

Do artista inspirado

Uma obra prima

Com poesias do Sertão

Das músicas sem palavrão

Da fauna e a flora

Dentro da vegetação

Do romper da aurora

Sem ter poluição

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Cultura Nordestina

Onde o xaxado nasceu

No cangaço que apareceu

Tem Paraíba Masculina

Luiz Gonzaga cantou

E meu cordel assina

Essa rima que rimou

Como quem não desafina

Cantou cintura fina

Que o Nordestino gostou

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Cultura Nordestina

No soar da matina

Espanta a solidão

Faz poeta fazer rima

E também dedicação

Faz da pintura

Uma obra prima

Faz cultura no Sertão

Na beleza que fascina

Virando exposição

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Cultura Nordestina

Que nasceu aqui

E foi pra outro lugar

É do poeta que rima

Bem perto daqui

É do poeta do Ceará

Que vôo como um anu

Fez versos do umbu

Num dia céu azul

Pelas bandas do Sul

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Cultura Nordestina

Que a migração ensina

Expandiu por todos os lados

E os diferentes estados

Recebeu a migração

Do Paraibano do Sertão

Conheceu a tradição

Do Norte-Mineiro, Baiano, Alagoano

Piauiense, Cearense, Sergipano,

Maranhense, Potiguar, Pernambucano

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Cultura Nordestina

Que tanto aceito

Quebrando o preconceito

Que ainda predomina

E o mal sujeito

Que Deus abomina

Tudo desarma

O amor vence a arma

Seja ódio,fuzil, lazarina

Espingarda, revolver ou carabina

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Cultura Nordestina

Que na infância vivi

E crescendo aprendi

Na criança malina

Do Vale do Jequitaí

Que aprende a respeitar

Dá valor ao seu lugar

E com educação

Conserva a tradição

Dos bons costumes do Sertão

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Cultura Nordestina

Que aqui faço rima

Das cidades do Sertão

Onde “catinga” é vegetação

Lá nos carrascais

Do Sertão de Minas Gerais

Em Januária, Juvenília, Pedra Azul

Onde zoa a abelha uruçu

Vive dias claros

Na cidade de Montes Claros

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Cultura Nordestina

Do matuto do Sertão

Quem aprova assina

Com caneta na mão

Esbanja alegria

No Sertão da Bahia

Como a moça chique

Da cidade de Xique-Xique

Ou o cangaço de cabo a rabo

Pelas bandas de Jeremoabo

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Cultura Nordestina

Não existe solidão

Da criança que malina

Curiosa no Sertão

Traçando o plano

Do Sertão Pernambucano

Houve histórias do camarada

Do cangaceiro de Serra Talhada

Em Petrolina vê um rio

E os vaqueiros de Floresta do Navio

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Cultura Nordestina

É a beleza que fascina

É viver as entranhas

Como um peixe

Na cidade de Piranhas

É carregar lenha no feixe

E passear de canoa

No Sertão de Alagoas

É beber leite de vaca

Na cidade de Arapiraca

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Cultura Nordestina

É aquela que domina

O estado Sergipano

No Sertão traça o plano

Com o vaqueiro aboiando

Lá em Poço Redondo,

Em Porto da Folha e Lagarto

Vaqueiros deixam seus rastros

Seu gibão é aparato

Nas pegas de boi no mato

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Cultura Nordestina

Que vem lá de riba

Das bandas da Paraíba

É cultura que predomina

Pelas bandas de cajazeiras

Na sequidão de cabaceiras

É no ato de fé

Dos vaqueiros de Sumé

Que acontece todo ano

No Sertão Paraibano

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Cultura Nordestina

É resistente, é forte

Segue a sina

Lá no Rio Grande do Norte

Pelas bandas de Mossoró

Onde o cangaço virou pó

Viu o bando de Lampião

Apanhando da população

De Natal a Caicó

Nordestino arrocha o nó

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Cultura Nordestina

Que vai surgindo de lá

No estado do Ceará

Traz a história da menina

Que nasceu em Quixadá

Apelidada com o nome

De Luzia Homem

Juazeiro do Norte e no Crato

Tem vaqueiro nato

Pegando boi no mato

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Cultura Nordestina

É algo daqui

Do estado do Piauí

No aboio com rima

Vaqueiro arrocha o nó

Na cidade de Campo Maior

A pré-história é um fato

Presente em São Raimundo Nonato

Nesse verso que termina

Na capital Teresina

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Cultura Nordestina

Das quebradas do Sertão

Que no cordel termina

No estado do Maranhão

Preservando a cultura raiz

Seguindo a tradição

Pelas bandas de Imperatriz

Tem festa de apartação

E Vaqueiro do Sertão

Na Vaquejada de São Luiz

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Autoria: Moisés Aboiador Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 15/12/2022
Código do texto: T7672134
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