De Pirapora a Petrolina
Assim é o enredo nordestino
Eu gosto de Juazeiro,
Mais adoro Petrolina
Nessa sina sem destino
Nesse Sertão Brasileiro
Que começa em Pirapora
E termina em Petrolina
( 1 )
Quem presta gentileza
É o São Francisco
Rio de imensa beleza
Onde o linguajar sertanejo
Chama de Velho Chico
Atendendo o desejo
Do Sertão navegável
( 2 )
Sertão das grandes embarcações
Que diante das ocasiões
Torna o tempo implacável
No Sertão do São Francisco
Que se perde no manuscrito
Nos registros e fotografias
Que descreve o Sertão das noites frias
( 3 )
Regidas pelo vapor Saldanha Marinho
Quebrando a lei do retrocesso
Trançando um longo caminho
Rumo ao progresso
Do progresso conjunto
No português compete adjunto
Para descrever o vapor Benjamin Guimarães
( 4 )
Que navegou os sertões
Conduzindo filhos, pais e mães
Junto com suas escolhas e decisões
Rumo ao Sul do país
Benjamin Guimarães e Saldanha Marinho
Na terra do chafariz
Onde o homem traça seu próprio caminho
( 5 )
São mais que duas embarcações
É como um voo troncho de um anu
Onde as grandes migrações
Trouxe progresso para o Sul
Lembranças de uma época retórica
Que nesse cordel eu aplico
O desenvolvimento da cidade Pirapora
( 6 )
O Porto do São Francisco
E desenvolvo essa rima
Da cultura popular nordestina
Dos vapores do forró pé serra
Que nunca desatina
A navegação só encerra
Quando chega a Petrolina
( 7 )
Moisés Aboiador Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas