Lampião em Poço Redondo
Lampião combateu lá nas bandas de riba
Com as volantes da Paraíba
Eliminou as volantes do Pernambuco
Fez do milho ao sabuco
Invadiu o Ceará
Dizendo: vou no meu “padim ciço” me confessar
Na verdade o cabra queria confusão
Botando terror no Sertão
Atiçando medo na população
O cabra chegou a Mossoró
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E já foi arrochando o nó
Lá nas bandas do Rio Grande Norte
Reuniu seus cangaceiros
E seu armamento forte
Bancando de desordeiro
A fim de prestar contas com a população
Nesse dia ele tava com o cão
Metendo fogo pro céu
Confundindo a população com Coronel
Nessa onda de quem turra
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Lampião levou uma surra
Junto com o seu bando
Perdendo até os comandos
Só pra ter a mão de Maria
O cabra infernizou o estado da Bahia
Mais o enredo aqui é o tombo
Seu fim em Poço Redondo
Virgulino Ferreira da Silva
Vulgo Lampião
Tinha voz ativa
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Virou governador do Sertão
Bancando de lenda viva
Teve a alma corrompida
Perdendo a sua vida
No Sertão Sergipano
38 foi o ano
Que Lampião e Quinta-Feira
Caiu na bagaceira
Adrião P. de Souza, da Volante
Caiu na vida errante
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Morrendo em sol escaldante
Também foi junto
Na pele de defunto
Luiz Pedro, Mergulhão,
Alecrim fraco de ação
Enedina, Moeda, Elétrico,
Colchete e Marcela
Também morreu Maria Bonita
No ato maquiavélico
Que decepou sua guela
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Que a história dita
Era mulher que mais amava
O temido cangaceiro
Que a vida se findava
Acabando se o desmando
Junto com o seu bando
Teve um fim trágico
Sucumbindo nos tabuleiros
Lá de poços dos angicos
Num sangrento conflito
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Armado pelas volantes
Do tenente Bezerra
Que por força de atrito
Logo tramou uma emboscada
Atiçou uma guerra
Sua façanha foi marcada
Por ser o único cabra no Sertão
A desbancar o cangaceiro Lampião
E todo seu bando
Acabando de uma vez por todas
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Com o comando
De Lampião e seus camaradas
O cangaço acabou
A história registrou
Na cultura que ficou
Registrada em Poço Redondo
Dos mandos e desmandos
No Nordeste do século XX
Atendo os requintes
De força de atrito,
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Rebelião e conflito
Do jagunço ao coronel
E coube o menestrel
Fazer versos de cordel
Do causo contado
Sobre o cangaço no passado
Fazendo que Poço Redondo
Fique na história
Da época dos desmandos
Hoje são registros e memórias
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Presentes na Grota dos Angicos
Um ato simbólico
Do Nordeste Histórico
Mais também é ecológico
No modo de especializar
O bioma desse lugar
Pois o retrato da Caatinga
É a imensidão que respinga
Na beleza que fascina
Os elementos da Cultura Nordestina
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas.