De Juazeiro a Petrolina
A história segue a sina
De duas cidades Nordestinas
Vou partir de Juazeiro
Com destino a Petrolina
Nesse enredo faceiro
De um poema de cordel
O verso não desatina
Por que tem um menestrel
Com poetizar faceiro
Fazendo cordel em luzeiro
( 1 )
De Juazeiro a Petrolina
De Petrolina a Juazeiro
No despertar da matina
No acender do candeeiro
Da criança que malina
Ao menino mexeriqueiro
Onde a história retrata
O Sertão da vida pacata
Onde o símbolo é um manancial
No retoque magistral
( 2 )
Do Rio São Francisco
Onde tem peixe, não existe marisco
A vida é de água doce
Jamais será salgada
Mesmo se fosse
É a essência por Deus criada
Da imensidão da natureza
Sai a mais pura beleza
Da essência do forró
Onde ninguém dança só
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E no dialeto arrocha o nó
Tudo vira inspiração
Vai seguindo a imensidão
Que percorre o grande rio
Seja no calor, seja no frio
Vaqueiro faz aboio e toada
Em festa de vaquejada
Tem poeta menestrel
Fazendo verso de cordel
Da poesia que traça o caminho
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Do vapor Saldanha Marinho
Segue o passo e a canção
Do forró na embarcação
Tem repente, tem xaxado
Tem forró, xote e baião
Tem Nordestino apaixonado
Descrevendo o Sertão
O São Francisco
Parece uma imensidão sem fim
De cardume e surubim
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Que o sertanejo aclama de Velho Chico
Em Juazeiro e Petrolina
E nesse Brasil inteiro
É poesia que vira rima
Na terra do candeeiro
Poeta vira cancioneiro
Menino banca de arteiro
Dá um passo ligeiro
É um sonhador
Protegido por nosso Senhor
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Juazeiro e Petrolina
Do Sertão e suas sinas
Dos encantos de menina
Na beleza Nordestina
Terra de grandes poetas
Que faço na linha reta
Os grandes trovadores
Poetas aboiadores
Foi em Petrolina que conheci
Do meu Sertão aqui
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A Editora Cordelaria Castro
Na direção de Graciele Castro
Uma grande poetisa
Meu cordel se realiza
Seu projeto Ser Tão Poeta
Ao lado de Kelmara Santos
Os talentos são tantos
Que fica difícil descrever
Tanta gente a merecer
Levando a poesia
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Em ritmo de alegria
Seguindo a jornada
Na formação da criançada
De Juazeiro a Petrolina
Destaco o trabalho de Adriana Maciel
E arte de Sidney Pereira
É como um toque de pincel
No cordel do Moisés Pereira
Sanguinette é o ultimo sobrenome
Faço honrarias a esses nomes
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De Juazeiro a Petrolina
Eu finalizo
Este cordel que realizo
Sobre a cultura do Nordeste
Terra de gente Cabra da Peste
Onde a cultura se ajunta
Colocando duas cidades juntas
Seja aqui, ou em qualquer lugar
A cultura é conjunta
E jamais vai acabar
( 11 )
Moisés Aboiador