Do São Francisco ao Mar
Nasce na Serra da Canastra
Desce Serra, corta mata
Minas Gerais, Bahia, Sergipe
Pernambuco e Alagoas
Como um toque de esquife
Que o som da água entoa
Correndo do Sul ao Norte
O regionalismo faz recorte
Do sulista ao nortista
Nosso Deus foi um artista
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Criando um manancial
Na natureza que respinga
Cerrado e Caatinga
Nesse toque magistral
Em épocas de muita chuva
Tem rio se entortando
No Sertão entrando
Fazendo suas curvas
Sentido ao Semi-árido
Que começa Mineiro
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Segue Baiano
Descendo os tabuleiros
Do estado Pernambucano
É água que emana
Lá no solo Sergipano
Chegando em terra plana
E num só adjunto
Desaguando tudo junto
Nas terras Alagoanas
Nos seus afluentes
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Faz do homem um vivente
No Rio das Velhas, Jequitaí,
Contas, Pardo, Carinhanha,
Riacho do Navio e Pacuí
O Pajeú emana as belezas daqui
Da cidade de Piranhas
Ás águas do Jaguaribe
O São Francisco recebe
Saciando sede gente
Vários afluentes
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Que deságuam logo ali
Fenômeno que jamais vi
Vale a pena se encantar
Com os cânions do Xingó
É beleza que vem de lá
Misturando com a de cá
Ela nunca está só
Faz agente se alembrar
Criar e imaginar
Do São Francisco ao Mar
( 5 )
Moisés Aboiador Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas
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