O Dia da Caatinga
Hoje é o dia da Caatinga
Resolvi prestigiar esse bioma
Onde a chuva respinga
De dezembro a março
Como se fosse um genoma
Produzindo muita pitomba
Como o cordel que faço
Anunciando sem embaraço
Essa data
Ao Nordestino de precata
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Na sua vida pacata
Nas quebradas do Sertão
Que tem a disposição
Em todo 28 abril
Apresentando a todo Brasil
Com muita emoção
Esse bioma do Sertão
Cheio de belezas naturais
Seja no Sertão ou nos Carrascais
Nordestino tem história pra contar
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Com seus versos a versejar
Sua história e seu lugar
Descrevendo a Caatinga
No suor do matuto que pinga
Nesse Sertão rachado
Onde o mato é fechado
Com jurema e alastrado
Mandacaru, xique-xique
Onde tem moça chique
Desfilando na imensidão
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De uma linda paisagem
Do sol brotando miragem
Pra dentro do Sertão
Escrevendo com sutileza
A beleza da sua imagem
Hoje peço gentileza
Pois a maior beleza
Que brota no Sertão
É chamada de ‘catinga’
Onde o suor respinga
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A coragem e a bravura
Do homem que é vaqueiro
Provando pro mundo inteiro
Ser defensor da cultura
Sua poesia é pura
Com chapéu, perneira e gibão
É herói no Sertão
É na Caatinga
Que a chuva respinga
Fazendo brotar
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Os frutos no Sertão
Faz brotar jurema
E a planta que queima
Que se chama cansanção
Tem urtiga, cabeça-de-frade
E um bicho covarde
Chamado escorpião
Tem abelha uruçu, anu, urutu
E um bicho chamado tatu
Descrevendo o bioma do Sertão
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas
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