O Dia da Caatinga

Hoje é o dia da Caatinga

Resolvi prestigiar esse bioma

Onde a chuva respinga

De dezembro a março

Como se fosse um genoma

Produzindo muita pitomba

Como o cordel que faço

Anunciando sem embaraço

Essa data

Ao Nordestino de precata

( 1 )

Na sua vida pacata

Nas quebradas do Sertão

Que tem a disposição

Em todo 28 abril

Apresentando a todo Brasil

Com muita emoção

Esse bioma do Sertão

Cheio de belezas naturais

Seja no Sertão ou nos Carrascais

Nordestino tem história pra contar

( 2 )

Com seus versos a versejar

Sua história e seu lugar

Descrevendo a Caatinga

No suor do matuto que pinga

Nesse Sertão rachado

Onde o mato é fechado

Com jurema e alastrado

Mandacaru, xique-xique

Onde tem moça chique

Desfilando na imensidão

( 3 )

De uma linda paisagem

Do sol brotando miragem

Pra dentro do Sertão

Escrevendo com sutileza

A beleza da sua imagem

Hoje peço gentileza

Pois a maior beleza

Que brota no Sertão

É chamada de ‘catinga’

Onde o suor respinga

( 4 )

A coragem e a bravura

Do homem que é vaqueiro

Provando pro mundo inteiro

Ser defensor da cultura

Sua poesia é pura

Com chapéu, perneira e gibão

É herói no Sertão

É na Caatinga

Que a chuva respinga

Fazendo brotar

( 5 )

Os frutos no Sertão

Faz brotar jurema

E a planta que queima

Que se chama cansanção

Tem urtiga, cabeça-de-frade

E um bicho covarde

Chamado escorpião

Tem abelha uruçu, anu, urutu

E um bicho chamado tatu

Descrevendo o bioma do Sertão

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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas

#Caatinga #Biomas #Semiárido #SertaoNordestino #NordesteBrasileiro

Moisés Aboiador
Enviado por Moisés Aboiador em 04/12/2022
Reeditado em 04/12/2022
Código do texto: T7664305
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