Vítimas das desigualdades
Vítimas das desigualdades
É triste sentir na pele
O que é ficar sem lar
Perder um ente querido
Vê tudo desmoronar
Vê parentes e amigos
Se alojandondo em abrigos
Pra tentar recomeçar.
Um trauma pra carregar
Pro resto de uma vida
Por mais que tenha consolo
Nada cura essa ferida
Só quem passa pra falar
Que nada pode curar
A sua alma partida
No filme da sua vida
Roda a fita sem cessar
Imagens no pensamento
Não param de torturar
Ruídos de sons e gritos
Desespero dos aflitos
Sem força pra suportar
Já quem mora em um lar
Com conforto e segurança
Assiste pela a TV
Mãe chorar pela a criança
Que sumiu entre os destroços
O pai chora com remorsos
Sem um pingo de esperança
Se a nossa governança
Tivesse capacidade
Cuidasse bem do seu povo
Dando mais dignidade
Tudo isso era evitado
E ninguém prejudicado
Vítima da desigualdade
A nossa sociedade
Faz correntes de oração
Mas não basta só orar
É preciso mais ação
Chegar pra perto e sentir
Pra Juntos contribuir
Apoiando cada irmão
É uma decepção
Tudo isso acontecer
A natureza sem culpa
Pessoas a padecer
Os verdadeiros culpados
Nos cabinetes guardados
Ditos donos do poder
É necessário saber
E se conscientizar
Em área de alto risco
Ninguém mora por gostar
São pobres injustiçados
Do sistema vitimados
Sem direitos a sonhar
Diosmam Avelino- 31/05/2022