Seriguela vira Cajá
Dizem que a seriguela vira cajá
São coisas que só acontece
Nas quebradas do sertão
Do sertão ao agreste
Quem já viu e conhece
Se deleita de montão
Essa fruta Nordestina
Vou seguindo essa sina
Agente não afina
Isso atiça até desejo
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Acedendo o lampejo
De desejo de menina
De seriguela eu entendo
De cajá também
Quando eu vejo me rendo
Não distribuo a ninguém
Tem seriguela pequena
Também tem cajá manga
E um menino roubando a cena
Saindo de fininho
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Do roçado do vizinho
Pior é sair correndo
No sertão se escondendo
Do cano da lazarina
Ou quando alguém pega no flagra
Na base da carabina
De quem pega e não larga
Vendo a passada larga
Pegadas do pé ligeiro
Do menino mexeriqueiro
( 3 )
Pois quando anda solto
Parece um galo solto
Pra fora do ‘puleiro’
Roubando cajá manga
Da casa do vizinho
Ainda vive mangando
Da cara do coitadinho
Coisas que acontece no Sertão
De gente sem noção
Sem saber a gravidade do perigo
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Lhe digo meu amigo
Eu vou ter que terminar
As verdades que eu digo
No cordel a declamar
Sobre as frutas do sertão
Vale à pena saborear
Só não seja um sem noção
Como se fosse um ladrão
Faz a seriguela virá cajá
Nas quebradas Sertão
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Moisés Aboiador - Poeta de Literatura de Cordel de Jequitaí no Norte de Minas
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