Os Barcos das Nossas Vidas
Por mais que queiramos seguir
Um caminho escolhido
Construir em algum canto
Um recanto, um cantinho escondido.
A vida nos lembra que barco
Não tem porto definido.
Sentimos o desconforto de voltar a velejar,
Soltar as amarras, deixar o porto,
Voltar prá o meio do mar,
Bate medo e insegurança
Que será que tem por lá?
Navegar por águas novas
Conhecer novas paragens
Conviver com novos barcos
Contemplar novas paisagens
Viver novas histórias
Acrescentar novas bagagens.
Quando olhamos para a cruz,
O sacrifício do madeiro
Compreendemos que Jesus
Nos livrou do cativeiro
E que nada nos pertence
Somos Dele por inteiro
Daí vem o entendimento
A compreensão da mensagem
Aqui somos forasteiros
Estamos só de passagem
Somos cidadãos de outra “Pátria”.
Estamos aqui em viagem.
Portanto amados viajantes,
A saudade é necessária
Porem, mais forte que ela,
A vida assim nos chacoalha,
E o laço que nos enlaça
Toda a tristeza rechaça
E faz ela temporária
A distancia já não existe
O longe vira ficção
Essa coisa de espaço e tempo
Se esvai, perde a razão
A gente carrega o outro agora,
Bem perto, no coração.
Luiz H Peixoto 02.12.2022