Por trás de um Nordestino tem Sempre um mandacaru por perto

A Caatinga parece um deserto

Quando tem cactos a florescer

O sertanejo encontra pra comer

O fruto que encontra por perto

Da chuva que caiu no tempo certo

Mesmo que seja clima de deserto

No inverno que o ano foi incerto

Da chuva que tarda, mas não vem

Por trás de um Nordestino tem

Sempre um mandacaru por perto

( 1 )

O mandacaru na estação floresce

Resistindo a imposição do clima

Do semiárido que predomina

No sertão que a sequidão padece

Do sertanejo que logo se esquece

Do aperreio que viu de perto

E o roçado que virou deserto

Sem pedir socorro a ninguém

Por trás de um Nordestino tem

Sempre um mandacaru por perto

( 2 )

Resistindo o calor da estação

Da seca que se embrenhou no sertão

Do calor com muita insolação

Torrando folhas na vegetação

Quando não se tem mais solução

Sertanejo lamenta o tempo incerto

Clamando a Deus bem de perto

Por causa da chuva que não vem

Por trás de um Nordestino tem

Sempre um mandacaru por perto

( 3 )

Mote: Nalva Poeta Poeta - Escritora e Poeta de Natal Rio Grande do Norte

Glosa: Moisés Aboiador - Escritor e Poeta de Literatura de Cordel no Norte de Minas

Moisés Aboiador e Nalva Poeta
Enviado por Moisés Aboiador em 27/11/2022
Reeditado em 27/11/2022
Código do texto: T7659042
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