Por trás de um Nordestino tem Sempre um mandacaru por perto
A Caatinga parece um deserto
Quando tem cactos a florescer
O sertanejo encontra pra comer
O fruto que encontra por perto
Da chuva que caiu no tempo certo
Mesmo que seja clima de deserto
No inverno que o ano foi incerto
Da chuva que tarda, mas não vem
Por trás de um Nordestino tem
Sempre um mandacaru por perto
( 1 )
O mandacaru na estação floresce
Resistindo a imposição do clima
Do semiárido que predomina
No sertão que a sequidão padece
Do sertanejo que logo se esquece
Do aperreio que viu de perto
E o roçado que virou deserto
Sem pedir socorro a ninguém
Por trás de um Nordestino tem
Sempre um mandacaru por perto
( 2 )
Resistindo o calor da estação
Da seca que se embrenhou no sertão
Do calor com muita insolação
Torrando folhas na vegetação
Quando não se tem mais solução
Sertanejo lamenta o tempo incerto
Clamando a Deus bem de perto
Por causa da chuva que não vem
Por trás de um Nordestino tem
Sempre um mandacaru por perto
( 3 )
Mote: Nalva Poeta Poeta - Escritora e Poeta de Natal Rio Grande do Norte
Glosa: Moisés Aboiador - Escritor e Poeta de Literatura de Cordel no Norte de Minas