Dona Barata
Dona barata escalava pelas paredes
Não sabendo que a dona da casa
De barata se tremia de medo
Quando via se armava do jeito que se podia
Vassoura nas mãos
Penico na cabeça
Com seu grito super sônico
Chamava pelo marido
Chamava,chamava,gritava e gritava
Marido assustado
Do banheiro saiu enrolado
Quase nu saiu correndo pela casa
O corpo pingava por toda a parte
Na cozinha, na sala.
Querendo saber o que tinha acontecido
Ao chegar dentro do quarto
Encontra a mulher tremendo que nem vara verde
Os olhos esbugalhados
Agarrado na vassoura
A calça molhada
Tinha se mijado toda
O coração acelerado
A boca toda branca
Parecia ter visto um fantasma
Marido preocupado
Começa a sacudi lá
E fazendo perguntas
E nada que respondia
Já ficando injuriado
Começa a gritar
O que foi mulher
O filho pequeno
Também estava todo molhado
E um mau cheiro subia de suas calças
Depois do sacode
Seu braço foi se levantando
E com o dedo para a parede
Foi apontando
Olhando para o ponto
Que ela me mostrava
Olha quem eu vejo
A nossa vizinha
A dona barata
Escalando a nossa parede
Chamo a vizinha e a comprimento
Ela dá um grito assustada
Perguntando o que estava acontecendo
Eu respondendo sua pergunta
É que minha esposa tem medo da senhora
Se treme toda
A barata dá um tapa no joelho
Desculpe vizinho
Uma mulher desde tamanho
Com medo de uma pequena barata
Somos tão indefesas
É para dar risada
Estou indo, voarei para outra parede.
Deixarei vocês sossegados
No voou rasante
Se foi para cozinha
E eu fui para o banheiro
Termina de tomar meu banho
E minha esposa
Foi trocar à cueca do meu filho
E colocar outra calcinha.
Paulo Pereira