Suplício

Vou vivendo o meu suplício,

Em eterno sacrifício,

Já nem tenho privilégio;

De viver intensamente,

Numa forma mais decente,

Com pudor, sem sacrilégio.

Vivo muito abandonado,

Sem vigor e bem cansado,

Meu viver me castigou.

Apesar desse cansaço,

O meu nervo é de aço,

Hoje sei quem hoje sou.

Quase fui morar no hospício,

Me atirei do precipício,

Derramando os meus ais.

Mas, eu sigo a minha vida,

Muito embora, bem sofrida,

Sofrimento; nunca mais!

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 13/11/2022
Reeditado em 13/11/2022
Código do texto: T7648968
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