SOMOS SERES EVOLUÍDOS, MAS NÃO QUANTO AS FORMIGAS
POR JOEL MARINHO
Pense em um ano esquisito
De dois mil e vinte dois
Copa do mundo era antes,
Mas ficou para depois
Primeiro veio a eleição
E pedido de intervenção
É o carro puxando os bois.
Já acho até que o Noel
Tem que trocar a camisa
Se ele vier de vermelho
Com certeza leva uma "pisa"
Se for de amarelo e verde
Será levado na rede
Por favor, a ele avisa!
Se bem que já estou achando
Que não terá mais natal
As famílias desintegraram
Com essas correntes do mal
Parentes não se suportam
Se olham de caras tortas
Um descontrole total.
Nos sentimos evoluídos
Somos “racionalidade”,
Mas não sabemos viver
Como irmãos de verdade
Diferentes das formigas
Vivemos cheios de intriga
Entre ódio e falsidade.
Dia desses observei
As formigas trabalhando
Cada um na sua lida
Os seus fardos carregando
E naquele vai e vem
Não brigavam com ninguém
Ao contrário, se ajudando.
Com toda glória dizemos
Nós que somos racionais
As formigas são insetos
Pequeninos e irracionais
Mas seria diferente
Se aprendêssemos como gente
O que aquele inseto faz.
Mas parece uma bagunça
Vendo a elas trabalhando
No final só harmonia
Vão em seu mundo criando
Com uma bela conduta
Sem guerras, brigas ou disputas
Elas vão se comportando.
Dessa feita sempre aprendo
Com as pequenas formigas
E quem quiser aprender
Seus exemplos de amigas
Ainda é tempo, humanos
Revejam os seus enganos
Tirem esse “deus” da barriga.
Que dois mil e vinte e três
Nós façamos diferente
Que possamos em comunhão
Aprendermos a ser gente
A conviver sem intrigas
A exemplo das formigas
Todos amigavelmente.
Que o pobre papai Noel
Possa entregar brinquedos
Com a roupa tradicional
Andando por aí sem medo
Que a camisa da seleção
Represente toda a nação
E não um “mito” em degredo.
Eu vou ficar por aqui
Torcendo para dar certo
Que nos venha esse hexa
Eu já o vejo bem perto
Que o Brasil volte a brilhar
Vendo a seleção bailar
Sonho de olhos abertos.
Que a covid caia fora
E a economia cresça
Que a crença seja em um deus
Que o mal desapareça
Que tudo em nossa volta
Seja de amor, não revolta
Que o jardim refloresça.