A ciranda não acabou
A ciranda não acabou ainda
E o maligno, dança e pula sem sossego.
Urra, faz pirraça.
Espalita os dentes, apetitoso
Faz barganhas e dá calote
Pra te comer vivo, dá o bote.
Ele quer mesmo é um prato cheio
de almas incrédulas e espantadas
Que tragadas são, sem nem pestanejar
Promessas gordas, são feitas
Cheias de farturas.
Naus abarrotadas de alucinantes festas
Redes belas a balançar em praias paradisíacas
Aos incautos se mostra para os tragar.
A vida é bela sim,
Mas nem sempre é festa.
Ao final,
Há uma conta a pagar.