Mané, o gato e o rato
Mané foi caçar no mato,
Lá, encontrou um gato,
Miando muito de dor.
Mané pegou o felino,
Como se fosse um menino,
Ali, surgia um tutor.
O gato gostou do Mané,
Viu nele, um homem de fé,
Miava, miava feliz.
O gato entrou na canoa,
Partiu com o Mané numa boa,
Foi banhar no chafariz.
O gato estava com fome,
O Mané, um grande homem,
Matou a fome do bicho.
Pegou um pouco de ração,
Com amor no coração,
Com afeto e com capricho.
E o gato, de repente,
Se tornou muito valente,
Trocou de mal com Mané.
Mas, o Mané muito calmo,
Leu para o gato, um Salmo,
Leu com a paz e com fé.
Um rato, surgiu do nada,
Assim, começou a caçada,
No barraco do Mané.
O Mané, sem ter sossego,
Pediu para o gato um arrego,
E o rato não deu pé.
O rato, muito asqueroso,
Deixou o gato nervoso,
Mané ficou sem saber;
Se ele comia o gato,
Ou se matava o rato,
Pra sossego ele ter.
O rato enchia o saco,
Escondia num buraco,
Com o gato vigiando.
O rato saiu do perigo,
O gato ficou seu amigo,
E o Mané ficou cantando.
Hoje, tudo é folia,
De direito e de fato.
A mais pura alegria,
Na perfeita harmonia.
O gato dá queijo pro rato,
E o rato dá peixe pro gato.