Mané, o gato e o rato

Mané foi caçar no mato,

Lá, encontrou um gato,

Miando muito de dor.

Mané pegou o felino,

Como se fosse um menino,

Ali, surgia um tutor.

O gato gostou do Mané,

Viu nele, um homem de fé,

Miava, miava feliz.

O gato entrou na canoa,

Partiu com o Mané numa boa,

Foi banhar no chafariz.

O gato estava com fome,

O Mané, um grande homem,

Matou a fome do bicho.

Pegou um pouco de ração,

Com amor no coração,

Com afeto e com capricho.

E o gato, de repente,

Se tornou muito valente,

Trocou de mal com Mané.

Mas, o Mané muito calmo,

Leu para o gato, um Salmo,

Leu com a paz e com fé.

Um rato, surgiu do nada,

Assim, começou a caçada,

No barraco do Mané.

O Mané, sem ter sossego,

Pediu para o gato um arrego,

E o rato não deu pé.

O rato, muito asqueroso,

Deixou o gato nervoso,

Mané ficou sem saber;

Se ele comia o gato,

Ou se matava o rato,

Pra sossego ele ter.

O rato enchia o saco,

Escondia num buraco,

Com o gato vigiando.

O rato saiu do perigo,

O gato ficou seu amigo,

E o Mané ficou cantando.

Hoje, tudo é folia,

De direito e de fato.

A mais pura alegria,

Na perfeita harmonia.

O gato dá queijo pro rato,

E o rato dá peixe pro gato.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 27/10/2022
Reeditado em 09/03/2023
Código do texto: T7636615
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