Terra dos altos coqueiros

Do oceano ao São Francisco

De Recife á Petrolina

Do sol quente ao chuvisco

Há belezas que não termina

Um povo valente

Que não desanima

Com um sorriso ardente

Trabalha contente

Nesta vida severina

Pernambuco é um estado

Cheio de peculiaridades

Dono de um povo arretado

Sua cultura em suas cidades

Trazem o maracatu, caboclinhos, frevo e coco de roda

Bonecos de Olinda, carnaval e alegria

Tudo isso com energia

Que não se tira e nem se poda

Da comida nem se fala

Tem baião, bode, pirão, macaxeira e buchada

Carne seca, escondidinho, caranguejo e galinhada

E pra arrematar todo esse embolo

Não podemos esquecer

Nem tão pouco deixar de ter

O querido café com bolo de rolo

Tudo muito temperado

Pra agradar todo o território

Desde o pião do arado

Ao caboclo do escritório

Ao mundo Pernambuco é conhecido

Pelo seu povo já a muito decidido

Que presente na cultura, faz livros e “puesia”

Repertório, teatro e “canturia”

Representando este estado podemos citar

João Cabral, Manoel Bandeira,

Luiz Gonzaga, seu Silveira

Nelson Piquet e zé pereira

Aquele homem de fé e de crença

O mestre da música sem desavença

O seu nome Alceu Valença

Não esqueça as musas da música e escrita

Então verdade seja dita

Clarisse Falcão e Lispector são a boa pedida

Existe ainda o homem de Ciência

Chico Science e nação zumbi

Pra esquentar o povo daqui

Com um maracatu e consciência

A lista é interminável

Mas nenhuma abominável

Geraldo Azevedo, Bezerra da Silva é interminável

Romero Brito, Cicero Dias, Oliveira Manuel

Paulo Freire, Chacrinha e Nelson Rodrigues

Lenine, Dominguinhos e Mundo livres

Deixo um verso a parte sobre este cidadão

A sua escrita toca de verdade a quem lê com o coração

Com comédia, drama, felicidades e tristeza

Mostrando a vida sertaneja

Que há aqui no Sertão

Ariano Suassuna

Suassuna sua sina

Escrever o que culmina

A fé em Deus e em Nossa Senhora Aparecida

Foi este o escritor

Do Auto da compadecida

Maria Bonita e lampião

Juntos em qualquer ocasião

Dominaram o nordeste

Mostrando que é cabra da peste

Pernambucano do agreste

Sem ter medo de ninguém não

Troca tiro gira o aço

Corre sem perder o paço

Nunca entrou num camburão

O nosso rei do cangaço

Esta terra é assim

Com belezas sem igual

Do gibão ao mocassim

Do mandacaru ao manguezal

Um povo que canta assim!

“Pernambuco imortal imortal”