Dinheiro, mulher e cachaça...
Resolvi fazer em versos
Essa tal dissertação
Pois a prosa não tem métrica
Não me dando nem tesão.
Três coisas danadas de boa
Se incluir, amizade e violão...
Pode até excluir o dinheiro
Das outras, não abro mão.
O dinheiro move o mundo
É uma lente de aumento
Faz bem ao altruísta
A quem falta é sofrimento,
Faz do avaro um tirano
Tira a fome do inocente
Faz do valente covarde
O covarde ficar valente.
Falar de mulher bonita
Como se fosse coisa feia
É ver pecado na beleza
Invejando a vida alheia.
Falar de mulher é fácil
Não tem assunto melhor
Mas se o cabra for um liso
Não fica uma ao redor.
A cachaça é uma amiga
No frio da solidão
Só não cometa excessos
Pratique moderação.
A bebida é grande desgraça
Pra quem não sabe beber
Mostra o espírito do homem
Dar-lhe um falso poder.
Quem diz dinheiro é um mal
Da moeda uma face desconhece
Desculpa-se da bonança
Na miséria vive e padece,
Não valoriza o trabalho
Que o todos enobrece
Trata o suor por vil metal
E a labuta embrutece.
Mulher, uma bela desgraça
Pra quem não sabe escolher
O sujeito, mete a cara na cachaça
Põe todo dinheiro a perder.
Mas, se for bom companheiro
E tiver discernimento
Na mulher encontra abrigo
E vivera sem tormento.
Tudo isso é ponto de vista
Não leve em consideração
Vamos beber, trocar idéias
Ao som de um bom violão.
Finalizando esses versos
Sem rodeio, sem aresta
Se tiver, dinheiro, mulher e cachaça...
Convide-me pra essa festa.