Eu sentia a força do meu FNM/ Quando eu virava aquele volante
Airam Ribeiro
Numa máquina de costura
Onde meu velho costurou
Ele sempre nela trabalhou
E como pedalava a criatura!
Meu pai com tanta ternura
Adivinhava que naquele instante
Eu queria brincar com meu possante
E eu sentava ali para me entreter.
Eu sentia a força do meu FNM
Quando eu virava aquele volante.
Enquanto ele saia para descansá
Eu ficava na máquina dirigino
E modelava o meu destino
Naquele volante a rodar,
Eu ia longe sem sair do lugar
E me sentia um viajante
Que tinha que chegar distante
Para a mercadoria não perder.
Eu sentia a força do meu FNM
Quando eu virava aquele volante.
Airam Ribeiro
DA Lei 9.610/98