Carta-cordel do meu candidato
Seu nome é Dalmo Oliveira
Natural de Guarabira
Sendo pai de cinco filhos
E filho de Dalvanira
A sua história de vida
Contarei na minha lira
É um cara que respira
Notícia e interlocução
Se formou na Faculdade
E da comunicação
Virou mestre e analista
É sua minha profissão.
Luta pela promoção
Da igualdade racial
Denunciado o racismo
Como uma forma brutal
De separar nosso povo
Mantendo o negro em curral
Porque se tornou normal
A hierarquia entre raças
Esse e outros absurdos
Tem afrontado nas praças
Pelo fim da exclusão
Tirar de nós as mordaças
Para atingir as massas
Escrevi este folheto
Onde eu vos apresento
Esse camarada preto
Que tem orgulho da origem
E não concorda com o gueto
“Se for eleito, prometo
Propor leis principalmente
Dando maior atenção
Ao povo que é padecente
De Doença Falciforme
Mal que dá muito na gente
Que é afrodescendente
A doença hereditária
Eu carrego de nascença
Essa tortura diária
Fere o indivíduo negro
De qualquer faixa etária
Toda ideia autoritária
Será por mim combatida
Sendo comunicador
Dediquei a minha vida
À causa da liberdade
Não poucas vezes traída
Encontrar uma saída
Para a sobrevivência
Das rádios comunitárias
Enfrentar essa carência
Elaborando projetos
Que nos dê mais resistência
Aumentar sua potência
Com ajuda do Estado
Governo financiando
A rádio no povoado
Na vila e zona rural
Do povo fragilizado
O povaréu equipado
Controlando a emissora
Com microfone e corneta
Sem alta-roda tutora
Garantirá seus direitos
Contra a elite agressora
Sociedade impostora
Cheia de hipocrisia
Vê a fome nos matando
Subnutrição amplia
A miséria brasileira
Sob o olhar da burguesia
Essa testemunha fria
Da miséria brasileira
Jamais lutará por nós
Nem sustentará bandeira
De justiça e pão na mesa
Por não ser nossa parceira
Que você queira ou não queira
Quem pode nos defender
No Congresso Nacional
É um igual a você
Rico tem suas demandas
Elas vão prevalecer
Por isso vou promover
Segurança alimentar
Fortalecendo o controle
Para o governo ampliar
Projetos de agricultura
Na esfera familiar
Precisamos ofertar
Linhas de crédito e assistência
Em um volume maior
Combatendo essa carência
Para a nossa agricultura
Aumentar sua potência
Defenderei com urgência
O nosso meio ambiente
Lavoura orgânica tem
Uma importância crescente
Pretendo consolidar
E apoiar fortemente
A legislação vigente
Amazônia e Pantanal
O bioma da Caatinga
Será o nosso ideal
Todo esse ecossistema
Sob ataque brutal
Combateremos o mal
Dos incêndios criminosos
E do garimpo ilegal
Os atos que são dolosos
Às normais ambientais
Pesticidas venenosos
Com princípios rigorosos
Tendo à frente o civismo
Defendo a ecologia
E o apoio ao turismo
Mas com ética ambiental
Respeitando o ambientalismo
É o “ecossocialismo”
Que inclui no cabedal
Ações para promover
O bem-estar animal
Que a defesa dos bichos
É um princípio moral
Ressalto ainda, afinal
Na minha candidatura
Um eixo norteador
Que meu projeto costura
Promover a educação,
A ciência e a cultura
Falo de fonte segura
Sou servidor da Embrapa
Cujo tecnologia
Já nos colocou no mapa
Das grandes inovações
Acarretando uma etapa
De progresso e de pesquisa
Com a agropecuária
Gerando conhecimento
Na sua ação lendária
Transformando a agricultura
Em riqueza fundiária
A cartilha doutrinária
Que trago nesta brochura
Ainda apresenta a fé
Que eu tenho na cultura
Sou poeta de cordel
E conheço a conjuntura
Falando de agricultura
Quero plantar a semente
De uma boa educação
Para toda nossa gente
Serei, como deputado
Um ardoroso agente
E defensor da cultura
Pois sei bem da importância
Do ensino e instrução
Desde a mais tenra infância
Pra o povo não padecer
Do distúrbio ignorância
Foi tomado dessa ânsia
Que lutei e ainda luto
Pelo estudo e instrução
Condições que eu reputo
Como coisa essencial
Para um povo livre e arguto
O meu partido é enxuto
Tão livre quanto uma Rede
Que balança solta, ao vento
No embalo da parede
Centro-esquerda é o seu norte
Sem extremo que lhe emparede
Vamos matar nossa sede
Na Sustentabilidade
Procurando o equilíbrio
Em nossa sociedade
Nosso Presidente é Lula
Pois estamos com saudade
Do tempo da amizade
Pão na mesa e bucho cheio
Sem perigo de um golpe
E militares com freio
Gentileza e harmonia
Por isso esse nosso anseio
Nesse folheto eu hasteio
A bandeira da esperança
De um país mais fraterno
Que mantemos na lembrança
Quando Lula governava
Trazendo mais confiança”.
Eis então Carta-proposta
Do nosso Dalmo Oliveira
Um representante nato
Dessa raça brasileira
Pessoa de bom caráter
Que honra sua bandeira