Eu sempre exijo dos outros
Aquilo que eu não pratico
No fundo eu sou bem vazio
Raras vezes eu suplico
Pois também sou orgulhoso
Pra tudo me justifico
Santa justificação
Dos hipócritas tu és mãe
Rogai por nós pecadores
Não me tornes um langãe
Abençoe a minha língua
Obrigado e amém mamãe
Eu engano, minto e traio
Mas comigo eu não aceito
"Aí de tu se me enganar!"
Eu pratico o que eu rejeito
Desde que eu não vire vítima
"Não me falte com respeito!"
O meu dedo é de gesso
Não me canso de apontar
Mas se alguém falar de mim
Me preparo pra arrotar
Toda minha hipocrisia
Para me justificar
Desejo o que não pratico
Eu quero fidelidade
Mas não respeito ninguém
E quero sempre a verdade
Porém não sou verdadeiro
Vomito moralidade.