O VELHO BLÁ, BLÁ, BLÁ E A ESPERANÇA QUE NÃO VEM
JOEL MARINHO
Desde que eu era criança
Era o mesmo blá, blá, blá
MDB e ARENA
Faziam o pobre sonhar,
Porém nas costas era peia
Envolvido nessa teia
Só via o tempo passar.
Passou o tempo e mudou
Tivemos mais liberdade,
Mas o mesmo blá, blá, blá
E a mesma falsidade
Que faz o pobre sonhar
Pra depois desmoronar
Pela falta de verdade.
Tira o velho e põe o novo
Mas fica a mesma política
Esse vírus desgraçado
Não tem vergonha de crítica
Não tem ética nem moral
Bando de caras de pau
Deixam a nação paralítica.
Quantas vezes acreditei
Nas falas de Figueiredo
Ao ouvi-lo pelo rádio
Eu me enchia de medo,
No entanto acreditava
No discurso que exalava
Meias palavras, segredos.
A esperança com Tancredo
Para mudar o Brasil
Quando morreu o Sarney
De imediato assumiu
Plano Cruzeiro e Cruzado
Ficou tudo congelado
E o pobre a ver navios.
Collor a nova esperança
Naquela linda eleição
O brasileiro contente
Com sua bandeira na mão
O que falava acabar
Com o famoso “marajá”
Trouxe mais corrupção.
Itamar, Fernando Henrique
Deram uma melhorada
Lula até trouxe esperança
No entanto, deu em nada
Dilma, Temmer e Bolsonaro
E a nossa cara de otário
Com a peia mais caprichada.
Lá vem Lula e Bolsonaro
Com o blá, blá, blá de novo
Na maior cara de pau
Tentam enganar o povo
Eita naçãozinha inglória
Fizeram da tua História
Uma omelete de ovo.
Mas se você perguntar
Qual é a nossa opção
No momento não há uma
Vai tudo na contramão
Estamos iguais ao touro
Indo para o matadouro
Nessa próxima eleição.
Se ficar o bicho pega
Se correr o bicho come
A quem iremos escolher
Uma mulher ou um homem?
Vemos o abismo aberto
E cairemos por certo
A desgraça nos consome.
E se olharmos a História
Um pouquinho mais atrás
Foi sempre peia no lombo
Desde os nossos ancestrais
Pois desde o Primeiro Pedro
Foi esse enredo de medo
Desesperança fatais.
Eu estou ficando velho
Quase indo para o além
E o mesmo papo furado
Talvez convença alguém
O tal velho blá, blá, blá
A muitos vai enganar
E a esperança não vem.