Queijo & vinho dá casamento?
Noutro dia viajei
Fui viajar pra bem longe
Disse a mim o hoteleiro
“Não tem quarto”, o camafonge
Não tendo onde ficar
Fiquei na casa dum monge.
Era missa todo dia
Foi terço pra todo lado
Benção, reza, hora-santa
Água benta, um bocado
Saí de lá quase um padre
Meu joelho calejado.
Fui conhecer numa sexta
Uma quinta e lá fiquei
Levei um susto no quarto
Pois um terço eu encontrei
Eu pensei, dois é demais
Um é pouco, conformei.
Saindo pra turistar
Na beirada dum caminho
Deparei c’uma fabríca
Onde fabricava vinho
Entrei, me botaram um copo
“Bote mais um bocadinho!”
Uns quatro litros depois
Me encostei num pé de uva
Senti um pingo na testa
Imaginei, lá vem chuva
Na verdade eu tava embaixo
Da saia duma viúva!
Chuva vai e chuva vem
Foi duas horas de beijo
Eu já tando satisfeito
Aproveitei o ensejo
“Se a moça não incomodar
Eu levo um naco de queijo!”
Foi então que me ferrei
Reancontrando o ‘vigório’
Pra vigário não deu rima’
É fraco o ‘vocabulório’
Viúva irmã do vigário...
Me amarraram um casório!!