Meu grito

Muito além do infinito,

Amiúde, lanço um grito,

No esfuziante rito,

Em perfeito pundonor.

Sem balbúrdia, sem dilema,

Sigo a ordem do poema,

Solução sem o problema,

Grito ensurdecedor.

Declamando a poesia,

Minha voz sempre irradia,

Faço versos todo dia,

E não perco a inspiração.

Faço quadras, faço trovas,

Submeto-me às provas,

Sensibilidades novas,

Em um só diapasão.

O meu grito é ameno,

De um timbre bem sereno,

Muito embora, tão pequeno,

Pro poema que eu fiz.

É um texto exacerbado,

E porém, inacabado,

Inocente e culpado,

Ora réu, ora juíz.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 24/08/2022
Código do texto: T7590120
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