O FOLCLORE

Rapunzel não foi à feira

Pois estava ocupada

Enrolando suas tranças

Na janela da sacada

Branca de neve acordou

Quando um beijo recebeu

Da maçã que a matara

Nunca mais ninguém comeu

Cinderela foi ao baile

Voltou antes do final

Mas deixou como endereço

Um sapato de cristal

A chapeuzinho vermelho

Visitou a vovozinha

E o lobo que a comeu

“Vomitou” ela inteirinha

As casas dos três porquinhos

Pelo lobo foi soprada

Só a casa de tijolos

Não pôde ser derrubada

E a mula sem cabeça

Vive sempre esfomeada

Por não ter boca nem dentes

Não consegue comer nada

O saci quando aparece

É em forma de visagem

Anda num redemoinho

Só fazendo traquinagem

Um dos bicho mais estranhos

É a tal da Caipora

Que só vive atrás de fumo

Pra mascar a toda hora

O pequeno Curupira

É astuto e sagaz

Deixa o rastro invertido

Pois possui os pés pra trás

Mas o bicho mais danado

É o boto cor-de-rosa

Que se transforma em rapaz

Cheio de truques e prosa

Nas festas da região

Usa sua sedução

Pra conquistar a donzela

E quando chega certa hora

Ele leva a moça embora

Pra poder deitar com ela

Laelson Lourenço Silva
Enviado por Laelson Lourenço Silva em 24/08/2022
Reeditado em 11/10/2024
Código do texto: T7589677
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