O FOLCLORE
Rapunzel não foi à feira
Pois estava ocupada
Enrolando suas tranças
Na janela da sacada
Branca de neve acordou
Quando um beijo recebeu
Da maçã que a matara
Nunca mais ninguém comeu
Cinderela foi ao baile
Voltou antes do final
Mas deixou como endereço
Um sapato de cristal
A chapeuzinho vermelho
Visitou a vovozinha
E o lobo que a comeu
“Vomitou” ela inteirinha
As casas dos três porquinhos
Pelo lobo foi soprada
Só a casa de tijolos
Não pôde ser derrubada
E a mula sem cabeça
Vive sempre esfomeada
Por não ter boca nem dentes
Não consegue comer nada
O saci quando aparece
É em forma de visagem
Anda num redemoinho
Só fazendo traquinagem
Um dos bicho mais estranhos
É a tal da Caipora
Que só vive atrás de fumo
Pra mascar a toda hora
O pequeno Curupira
É astuto e sagaz
Deixa o rastro invertido
Pois possui os pés pra trás
Mas o bicho mais danado
É o boto cor-de-rosa
Que se transforma em rapaz
Cheio de truques e prosa
Nas festas da região
Usa sua sedução
Pra conquistar a donzela
E quando chega certa hora
Ele leva a moça embora
Pra poder deitar com ela