Viagra natural de Bananeiras foi estudado até na Europa
Quem descreveu essa história
Tem muito aval e eu dou
Narrativa singular
Rubens Nóbrega contou
No livro “Histórias da gente”
Que o mundo inteiro rodou
Neste cordel brasileiro
Falo com exatidão
Desse estudo rigoroso
Que causou revolução
No universo da ciência
Conforme vocês lerão
A banana é vitamina
Já dizia Raul Seixas
Ela engorda e faz crescer
As barrigas e madeixas
Mistura com rapadura
Mamão papaia e ameixas
Essa fruta tropical
Muito rica em vitamina
Grande fonte de energia
Conforme a ciência ensina
É composto indispensável
Para menino e menina
E para a terceira idade
Para manter a saúde
Esse grande nutriente
É coberto de virtude
Conforme vamos mostrar
É fonte de juventude
Previne muitas doenças
É boa pro coração
Assim diz a experiência
Facilita a digestão
E conforme se verá
Aumenta muito a pressão
Mas é pressão positiva
Da qual a vida germina
Aumentando o desejo
E excitação masculina
Calibra a arma do idoso
E dispara a carabina
Essa fruta tropical
Já dizia seu Baracho
Resolve o maior problema
Daquele tipo de macho
Que já é improdutivo
Banana que não dá cacho
Rubens Nóbrega narrou
O caso do seu Jejé
Lavrador em Bananeiras
Morador em um sopé
De serra em verde planalto
Onde plantava café
Cultivava também milho
O feijão, a fava, a cana
No solo bem argiloso
Em área fértil e plana
Nessa terra bem nutrida
Jejé plantava banana
Com mais de setenta anos
Esse homem era ativo
Lavrava de sol a sol
Cuidando do seu cultivo
E se mantinha na cama
Sexualmente vivo
Seu regime alimentar
Era só fruta e verdura
Principalmente banana
Que mantinha a penca dura
Conforme seu testemunho
Não conhecia brochura
Com base nessa dieta
Ele se mantinha forte
A banana pacovan
Oferecia suporte
E nos trabalhos de cama
Dava o maior aporte
Jejé ficou conhecido
Em toda aquela ribeira
E dona Ciça, a mulher
Sendo agente mensageira
Da robustez do marido
Contava as coisas na feira
Ela dizia: “Jejé
Dá três sem tirar de dentro
Antes de comer banana
Não acertava no centro
Com o bilau abatido
Mole feito um mói de coentro”
A banana de Jejé
Ficou assim conhecida
No brejo paraibano
Por todos admitida
Como a fruta que levanta
Pomba velha descaída
Dona Ciça ficou sendo
A testemunha bucal
Das façanhas do marido
E a potência anormal
Do idoso agricultor
Em seu prazer conjugal
A banana de Jejé
Foi levada para estudo
Os cientistas disseram
Depois de exame agudo
Que o potássio da fruta
Mostrava bom conteúdo
Vitaminas A e E
Era grande a quantidade
Jamais se viu neste mundo
Aquela variedade
Banana grande e grossa
O terror da castidade
O prefeito da cidade
Apressou-se em fixar
Direitos de produção
E o uso singular
Da marca e selo legal
Da banana exemplar
O “viagra natural”
Ficou assim conhecido
E a fama deste fruto
Naquele solo colhido
Correu o mundo inteirinho
De Bananeiras trazido
Os grandes laboratórios
Investiram no projeto
Johnson&Johnson, Pfizer, Roche
Fizeram estudo completo
Até o próprio Jejé
Foi da pesquisa objeto
Cientistas confirmaram
Grandes virtualidades
Da banana de Jejé
Suas boas qualidades
Em potencializar
Essas vigorosidades
Robustez e força física
Com “viagra” natural
Foram então comprovados
De quilate sexual
O varão de meia idade
Viverá em alto astral
O cavalheiro ou a dama
Querendo experimentar
É só vir em Bananeiras
No frio deste lugar
Depois de comer banana
Só pensa em acasalar
Para quem bebe cachaça
Caju é o tira-gosto
E a banana de Jejé
Sendo alimento composto
É amiga do casal
Que não está bem disposto
Sem demonstrar apetite
No momento sexual
Cuide de sua saúde
Que isso não é normal
A banana é o remédio
Para disfunção carnal
Mas não é toda banana
Que serve pra esse fim
O “viagra” natural
Melhor que amendoim
É a notável pacovan
Da terra tupiniquim
Vou terminar a brochura
Nada a ver com ereção
Contando aqui o exemplo
De Angelita e João
Um casal pernambucano
Que veio ao nosso rincão
Engenho Goiamunduba
Foi por eles visitado
Cachoeira Roncador
Mais catita do Estado
Na serra da Viração
Qualquer um fica encantado
Na igreja dedicada
À Santa do Livramento
O casal fez a promessa
Para adquirir fermento
Que desse força viril
E salvasse o casamento
Comeram então a banana
Voltou a virilidade
Por três dias e três noites
Namoraram à vontade
Quando foi com nove meses
Veio a natividade