O CRAVO E A ROSA
Sendo o cravo e a rosa
Flores símbolos do jardim
Poetas cantam assim
Sendo em verso ou em prosa
Sendo ele e a flor tão formosa
E ela dele separada
Vida vale quase nada
Se o amor não mais existe
O cravo ficou tão triste
E a rosa magoada.
Um dia o cravo jurou
Nunca brigar com a rosa
Suas pétalas sedosas
Só com carinho tocou
Porém o tempo passou
Na aridez da longa estrada
Ela dele afastada
Ele do amor desiste
O cravo ficou tão triste
E a rosa magoada.
Porque as pétalas do cravo
Com o tempo enrigeceu
Pelo tempo que sofreu
Sendo do amor escravo
Preso ali em seu vaso
Desta vida amargurada
A dor no peito cravada
Só a solidão persiste
O cravo ficou tão triste
E a rosa magoada
Sendo a rosa flor tão bela
A mais linda entre as flores
Mas vindo os dissabores
Abater-se sobre ela
Tendo a dor como sequela
A rosa sofre calada
Por não sentir-se amada
E é nisto que consiste
O cravo ficou tão triste e a rosa magoada
Se sofrendo por amor
A vida fica sem graça
Quanto mais o tempo passa
Mais aumenta nossa dor
O arco-íris perde a cor
Qual a roupa desbotada
A rosa desencantada
Nesse amor não mais insiste
O cravo ficou tão triste
E a rosa magoada
Assim o cravo e a rosa
Seguem rumos diferentes
Levam lembranças somente
Das coisas maravilhosas
Das poucas horas ditosas
Lembranças serão guardadas
Pra sempre serão lembradas
Como a um filme que se assiste
O cravo ficou tão triste
E a rosa magoada
Mas aquela bela flor
Nunca merece sofrer
Venha do cravo esquecer
E encontrar outro amor
Que se renove o frescor
De suas pétalas delicadas
Sendo por ele amada
Assim no amor acredite
O cravo ficou tão triste
E a rosa magoada
Perfume daquela rosa
Nunca será esquecido
O amor não ser vivido
É coisa misteriosa
Fruto da vida enganosa
De desilusões passadas
Deixando marcas gravadas
Que ao amor não se permite
O cravo ficou tão triste
E a rosa magoada.