E SEGUE A COMITIVA
Grande é o desespero
Quando a dor nos ataca.
Surgem gemidos e ais,
Lá vem chá de alfavaca
De boldo e de hortelã
E, às vezes de romã,
Mas o corpo pede maca.
Isto são coisas da vida,
Não existe perfeição.
A idade vem chegando,
E o corpo sofre então.
Aí que entram os remédios,
Para amenizar os tédios
E acalmar o coração.
Mas com o passar do tempo
O organismo enfraquece.
Então a única esperança
É, carregar fé na prece.
Quanto mais a hora corre,
Mais depressa o corpo morre,
E, o corpo enfim perece.
Até que chega o dia
Da ida definitiva.
Para a última morada,
Não há outra alternativa.
Ali todos se despedem,
Dizem que esforços não medem
E segue a comitiva.