O VELHO O MENINO E O BURRO
O velho o menino e burro
I
Em uma longa viagem.
Na direção do Oriente,
Via-se deslumbrada tela.
Onde pairava ar bem quente.
Muito comum e especial:
No viver daquela gente.
II
Rolava naquela época.
Em um tom bem informal,
Papos com muito detalhes.
E a Iara: É o ponto central:
De todas das tais estórias,
Contava de modo real.
III
Plenos de curiosidade.
E ninguém não a interrompia,
A Iara centralizava:
Os presentes que ouvia.
Estória de mil Trancoso,
Cá acola, contava e ria
IV
Vou muito bem ressaltar.
Que as estórias cá narradas,
Os seus autores são anônimos,
E muitas delas foram usadas.
Nas viagens das caravanas,
E por andarilhos das estradas.
V
É necessário dizer:
Que todas estas estórias
Do repertório da Iara,
Tá gravada na memória:
Do meu amigo Jó Marcel.
De reluzente e mil glória!
VI
Ele muito bem contava:
Um belo e notável conto,
Do velho e o menino e o burro.
Que deixava agente tonto...
Porque muito bem lembrava:
O lençol curto e não pronto.
VII
A tal estória foi assim:
Em um burro bem montado.
Um bom velho viajava.
Num clima torrificado,
Guiado então por menino,
Na direção de um ducado.
VIII
É quando uma voz bem diz:
Vejam tanta exploração!
Faz o velho ao pobre menino!
Que tamanha a judiação!
Não põe o menino no burro:
Ó velho sem coração...
IX
O velho parou e pensou.
E do burro logo desceu.
Pois o menino no burro,
Foi assim que sucedeu,
E continuo a sua viagem.
Mas vejam que aconteceu.
X
Pois uma voz diz na estrada.
E assim logo reprovou:
Esse velho é um idiota....
Veja a que ponto chegou:
Tá a poupar o são menino,
Que a vida assim o destinou.
XI
Deu outra vez uma parada.
Um tanto quanto indignado,
Subiu em cima deste burro.
E ficou o velho arretado!
E segue o Velho e o menino.
Pra não dá satisfação,
A ociosos desocupado.
XII
E para pôr fim a estória.
Que tem boas contradição:
E não tem como afirmar,
Pois cada um tem sua razão.
O conto é pra refletir;
Qual é a válida opinião?
Maranguape 28 de junho de 2022
(Voltaire Brasil)