MADRUGADA 10/03/22

MADRUGADA 10/03/22

Coimbra Luzirmil (Zóloélo)

01 Tive_uma visão do fim,

Que jamais vou esquecer,

Me pareceu ver o mundo

Numa tocha se acender.

Humanos, e até formigas

Todos perdiam a vida

Num fogo de estarrecer

02 Na visão atordoante

Me senti fora do espaço,

Percebi que o universo

Num clarão deu novo passo,

Onde um brilho sem par

Tomou do sol, o lugar

Formando riscos e traços.

03 Eu não vi mundos esféricos

E nem tão pouco, planícies,

As imagens dos planetas

Passaram_a ser longos riscos,

Como sendo filamentos

Com chispas em seguimentos,

Se mesclando com coriscos.

04 O Universo escuro

Perdeu a sua aparência

Pra todo lado eu só via

A forte luminicência

Não havia um só lugar

Para a vista descansar

Da forte luz em regência

05 A assombrosa visão

Do ambivio estelar,

Me deixava sem vontade

E sem forças pra andar,

Pois além da claridade

Uma enorme cidade

Se incendiava no ar!

06 Por certo um pesadelo

Eu estava a entrever,

Pois eu via o fim do mundo

Tendo aquele parecer,

E até mesmo a lua

Com a sua face nua

Virou um risco a correr

07 No transe impressionante

Eu não via escuridão

O cosmo mais parecia

Filamentos em clarão

Cada raia luminosa

Era uma espécie de grosa

Com luzes em profusão

08 Entre elas eu notava

Uma brasa em ferrovia

Entretanto era mais larga

Do que todas que existia

E justamente ela entrava

Numa funda e escura cava

A única que ali havia.

09 Focando minha atenção

Ao celeste movimento,

Pude ver a humanidade

Separar dos complementos

Composto de animais

Insetos e outros mais

Dispostos no advento.

10 Meu fitar impressionante

Se desfez com um clarão,

Quando eu vi no Universo

Como se fosse _uma mão,

Em meio as raias brilhantes

Anunciando o instante

Daquela estranha visão.

11 Aquela ação que avistei

No cosmo apresentada

Em minha mente poética

Bem fundo, ficou marcada

Pois vi toda a humanidade

Na cava dando entrada.

Para que fosse julgada!

12 Minha visão se acirrou

Quando a cava se abriu,

E um dos que nela entraram

Numa passagem saiu

Dizendo em alta voz

Que escapara do algoz

Que lá no antro surgiu.

13 E que lá dentro estava

Havendo um julgamento,

Muitos por lá ficariam

Pra sofrer grande tormento,

Porém os absolvidos

Iriam ser recebidos

Em um novo firmamento!

14 Entendi que o movimento

Era o fim do Universo

Pra começar, outro novo

No mistério do INTROVERSO

Onde o mal e o pecado

Jamais seria instalado

Pois a luz dava o REVERSO!

COIMBRA "O PEREGRINO"