CORDEL – Mote - Na bandeira do Brasil - O vermelho não tem vez – 28.05.2022 (PRL)
CORDEL – Mote - Na bandeira do Brasil - O vermelho não tem vez – 28.05.2022 (PRL)
Oitavas de sete sílabas poéticas
Rimas em ABABCDCD
Interações à vontade
Muita gente endiabrada
Quer mudar nosso pendão
Não entende quase nada
Não é brincadeira, não!
E num gesto muito hostil
Plantado com aridez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(02)
Nossas cores são vibrantes
Inveja causam demais
Mantendo nossos semblantes
Ninguém nos bota pra trás
Nem que seja algum senil
Com a sua insensatez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(03)
São ideais pessimistas
Que querem nos afogar
Embora alguns anarquistas
Também pensem em mudar
Numa proposta febril
Sempre nos mesmos clichês
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(04)
Falo aqui pelo povão
Os que pagam nossas contas
Mas sem dinheiro pro pão
E não são baratas tontas
Cada qual tem seu perfil
E não gosta de acidez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(05)
Na bandeira uma mensagem
De esperança e de progresso
Não aceita sacanagem
Daqui logo que me estresso
Só mesmo gente imbecil
Decerto até um burguês
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(06)
Mas esse tal do encarnado (*)
Puxa mais para uma guerra
Nunca foi do nosso agrado
Quem tentar mudar se ferra
Bom negócio pra servil
Isso é coisa de chinês
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(07)
Já gritei nos quatro cantos
Que somos gentes de paz
Peço pra todos os santos
Que me deixem bem capaz
Como é linda a cor anil!
Apague a sua surdez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(08)
Nosso verde está nas matas
O azul desponta no céu
Cores vivas, não abstratas
Que não nos deixam ao léu
A branca de tão gentil
O amarelo, ouro, altivez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(09)
Quem não preza a bandeira
Também não gosta do hino
Não tem Deus na cabeceira
Deve ser grande traquino
Muitas vezes por sutil
Aprecia uma nudez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(10)
E da Bíblia, piorou
Foge tal qual o diabo
Que Jesus excomungou
Escorrega tal quiabo
Jamais será varonil
Muito medo do xadrez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(11)
Aprecia muito a Cuba
A Venezuela também
Mas Deus queira que não suba
Pra não humilhar ninguém
A Bolívia tão cabril (**)
Nos roubou sem timidez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(12)
Tomou a refinaria
No governo do PT
Quando falo tenho azia
Ninguém pode aqui descrer
Até parece um covil
Perdeu a sua altivez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(13)
Os governos que passaram
Gastaram muito, demais
Aloprados abusaram
Com coisa que não se faz
Nem a polícia civil
Os prendeu na robustez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(14)
Raiva tem do militar
Isso tem manifestado
Aonde é que vão parar
Teve até um descarado
Que com todo o seu ardil
Um jumento, descortês
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(15)
Tem até um candidato
Falante muito, demais
Que no seu desiderato
Que pôr o país pra trás
Toma cana de barril
Não fala com fluidez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(16)
Seu moço não acredite
Não é mentira, talvez
Até mesmo o caro Tite
Pensando que é burguês
Balançando seu quadril
Nessa Copa não tem vez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(17)
O futuro que se espera
Desta, que grande nação
Onde tanto crime impera
Que nem Deus de supetão
O crime está mercantil
E já escoa com freguês
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(18)
Já estou falando demais
Não era isso que queria
Vou jogar tudo pra trás
Acabar a cantoria
Vou dançar meu pastoril
Despeço-me de vocês
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(19)
Mas estava de saída
Quando um doido me abordou
Quem não quer nada na vida
De logo me esculhambou
Vá tomar no seu funil
Leve seu vinho francês
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
(20)
Quero parar, mas a verve
Não me deixa e me cutuca
O fraco pra tudo serve
Nessa terra tão maluca
Firmo-me no peitoril
E mantenho a honradez
Na bandeira do Brasil
O vermelho não tem vez
SilvaGusmão
(*) - Vermelho
(**) - Curral
Esther Ribeiro Gomes, grande poetisa, assim interagiu:
'Nossa bandeira é colorida
do azul estrelado do céu,
do verde das matas floridas,
do amarelo pintado a pincel,
do branco da Ordem querida,
pra não jogar o Progresso ao léu!
Eu vou bradar a vocês,
na Bandeira do Brasil
o vermelho não tem vez!'
Muito grato...um abraço do ansilgus.
23/06/22 20:23 - Jacó Filho, interagiu assim:
Trazendo cores primárias,
Com belos desdobramento,
Faz-se extraordinária,
Causando deslumbramento.
Conforme Deus permitiu,
E nenhum santo desfez,
Na Bandeira do Brasil,
O vermelho não tem vez.
A foice e o martelo,
Quando fez sua tentativa,
Sem verde e amarelo,
E dessas cores nativas,
Borram o azul anil,
Em traição descortês.
Na Bandeira do Brasil,
O vermelho não tem vez
Passados sessenta anos,
Esta ameaça renasce,
Com molusco pleiteando,
Voltar a primeira classe.
Em parte já conseguiu,
Livrando-se do xadrez.
Na Bandeira do Brasil,
O vermelho não tem vez.
Com a eleição tão próxima,
Sem nomes pra concorrer,
Uma dessas duas mentes tóxicas,
Poderá se eleger...
Mas se a lei permiti,
Só nos cabe sensatez...
Na Bandeira do Brasil,
O vermelho não tem vez.
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...
Muito grato, caro poeta/compadre...meu abraço...ansilgus.