EROS E PSIQUE 01

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

I

Na famosa Grécia antiga

Não sei quando nem por quê?

Nasceu tão linda princesa,

Com o nome de Psique.

O mundo era só chamego

Com a moça afortunada.

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

II

Psique estava já crescendo

A moçada de olho nela,

Todo mundo já querendo

Dar amasso na donzela.

Mas o seu pai era o galego

E era bom na cacetada,

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

III

Tantos atletas olímpicos

Que só lutava pelado,

Tinham as peles tostadas

Parecendo frango assado.

Pra Psique davam arrego

Querendo ela como amada.

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

IV

Atleta era corredor

Corria em frente o castelo,

Se vissem psique a janela

Já balançava o pinguelo.

Ela vê só no sossego,

Pois o rei dava pancada.

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

V

E ao ver tanta beleza

Fizeram uma invenção,

Que Afrodite veio a terra

Nela fez encarnação,

A deusa queria apego,

Sem prova, era só jogada.

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

VI

Homens de lá achavam,

Deuses eram só velhotes,

A deusa estava cansada,

E não tinha mais picotes.

Encarnou-se no pelego,

Duma moça delicada.

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

VII

Criam este pensamento,

Seus templos abandonou.

A deusa via do céu,

O que viu não gostou.

Já saiu do seu aconchego

De raiva ficou azulada.

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

VIII

Mandou fazer um banquete

Para Eros seu filho amado,

Diz preciso dum favor

Por isto eu fiz este agrado.

Este brinde a você eu ergo

Eu dou uma poção dobrada.

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

IX

Na terra tem uma moça

Metida a bico de pomba,

Está cobrindo o meu sol

E quer é me fazer sombra.

E tirando um bom emprego

Da deusa já enfezada.

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

X

Eu quero que leve seu arco

As flechas já tem magia,

Meta uma boa flechada,

No bundão desta guria.

Para causar desemprego,

Da moça desmiolada.

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

XI

Espetando a flecha nela

Veneno vai lhe marcar

Com feitiço poderoso,

Ela jamais vai casar.

Nem com um moço lobrêgo,

Ela será namorada.

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

XII

Eros, um moleque arteiro,

E tinha uma vida insossa.

Diz pode deixar comigo

Que vou espetar a tal moça,

Logo que na casa chego,

Ela vai levar flechada.

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

XIII

Logo a lua apareceu

Eros garoto deus belo,

Voa lá de riba céu

Pousou dentro do castelo,

Silente como o morcego

Busca rango na calada.

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

XIV

sexto sentido dizia

Onde estaria deitada,

Ele foi entrando no quarto,

Moça dormia pelada.

Vê a bunda diz, que rego.

Que bundinha arrebitada,

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

XV

Psique estava é sonhando

Que brincava de boneca,

Virou a bunda para baixo

Em cima ficou a pepeca,

Eros tava inflando o ego,

Ficou com tesão danada.

Coitado do povo grego

Se a deusa ficar zangada.

XVI

O deusinho ainda donzelo,

Já desandou a tremular.

Seu pau subia e descia,

Não dava pra controlar,

O trem era o desapego,

Da minhoca destravada,

Coitado do povo grego,

Se a deusa ficar zangada.

XVII

Com todo seu nervosismo

Flecha do arco disparou,

Em vez de acertar a Psique

Foi no seu pé que acertou,

O trem se queimou num fogo

Quando atiça na queimada.

Coitado do povo Grego,

Se a deusa ficar zangada.

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 22/05/2022
Reeditado em 23/05/2022
Código do texto: T7521691
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