DUAS NUMA SÓ
Duas silabas numa só
I
Vem primeiro a introdução:
Pra a tarefa começar,
Pra fazer ao pé da letra,
Duas silabas logo mudar.
É nesta transformação!
Que os sons irão se casar.
II
Vou explicar a Sinalefa!
Ela tem três variação:
Ora é uma tal sinérese,
Ora é Crase irmão.
Temos ainda a mudança!
De vogais em Elisão.
III
Vamos nós metrificar!
Vamos nós ter atenção,
Para vós não escorregar:
Ao fazer composição.
Que requer um bom cuidado,
Com a metrificação.
IV
Só seremos um bom poeta!
Se fizermos a fusão.
Do hiato em um ditongo
Que é de vital condição.
Pra fazer a Sinérese:
Pra silabas transmutar!
De uma só voz na emissão.
V
Vamos nós bem soletrar.
Sem uma atropelação,
Vamos nós Elidir sílabas:
Pra ter assim a Elisão!
Pra elidir vogal átona,
Frente da vogal então.
VI
Vamos de novo explicar!
Pra não fazer confusão,
Fundindo a vogal átona,
Para não fundir em vão
Fica bem consagrada,
A anunciada Elisão.
VII
A elisão já é um fato!
Ditas em algumas fases:
Vamos já mudar o foco,
Ao fundir vogais em Crases,
Para fazer o crasear.
E ordenar uma boa frases
VIII
Podemos ainda agregar!
Que neste vital processo:
As duas vogais bem iguais,
Fazem fusão com sucesso,
Está feita uma boa Crase.
E sem nenhum retrocesso.
IX
Em suma: Para explicar!
Com uma boa precisão,
Para quem o texto ler,
Pra entender transmutação:
De duas vogal numa só,
Que é tarefa da Elisão.
X
E para consolidar.
Este tal conhecimento,
Não devemos esquecer,
De ler a todo momento.
Tudo sobre as vagais,
Para ficar bem atento.
XI
Finalmente vou dizer!
Para quem quer fazer poema,
Deve muito estudar,
E o eleger como seu tema:
As vogais tônicas a átonas,
Pra não ter nenhum dilema.
XII
Com esta modesta ação:
Eu não venho ensinar.
É mais pra eu aprender...
E saber socializar,
Nesta esfera negra!
Pra o homem educar.
Maranguape, 19 de maio de2022.
(Voltaire Brasil)