SUPER ZÉ, UM HERÓI DA SECA E DA FOME

Lembrando herói importado,

Doutra terra genuíno,

Fiquei a mim indagando,

Perguntando ao próprio tino:

Por que não posso criar

Um nosso STAR nordestino?

Cabeça chata e franzino,

Esse seria o perfil,

Chapéu de couro e gibão,

Com alpercata e cantil,

Um enfrentador de seca

Do Nordeste do Brasil.

Discordante do que é vil,

Cheio de crença e de fé,

Só podia ter um nome

Que pudesse vir dar pé,

Seria José somente

Ou mais simplesmente ZÉ.

Apelidado DEDÉ,

Teria sim sobrenome

Que tivesse muito a ver

Com o comer que pouco come,

Seria assim SUPER ZÉ,

HERÓI DA SECA E DA FOME.

Tendo você por pronome

E por meta só verdade,

Nosso herói procuraria

Sair do campo à cidade

Buscando ao povo sofrido

Dar sempre oportunidade.

SUPER ZÉ, sem vaidade,

Lutando contra a mentira,

Muito empenhando a palavra,

Tendo boa ação na mira,

Sempre bem dialogando,

Derrubando quem atira.

Sua razão ninguém tira

Porque segue o que a lei diz.

Com pouco fica contente,

Sendo assim porque Deus quis

Que fosse gente da gente

Bem persistente e feliz.

Zé que quer solto o concriz

Para cantar liberdade,

É um Zé bastante cioso,

Devoto à fraternidade,

Contrário ao erro evidente,

Um portador da bondade.

Defensor da caridade,

Sem ser nunca submisso,

Um lutador pelo bem,

Tendo com Deus compromisso,

Um Zé bem comprometido,

Sem ver o vil metal nisso.

Um Zé sem posto postiço,

Sem serviço ao mandatário,

Um herói vindo do povo,

Sendo seu signatário,

Atento ao total das leis

Regentes do itinerário.

Simplesmente um Zé agrário,

Tendo em vista o citadino,

Herói supra partidário,

Detestante de cretino,

Um pensador libertário,

Um simples ZÉ NORDESTINO.

Assim sendo, assim termino

De criar o herói que posso,

Por tudo que vier ser

Cada ação sua eu endosso,

Pensando no nosso povo,

Valorizando o que é nosso.

Marcos Medeiros

Natal-RN

14/05/2022