EU NO VELHO OESTE
Foi numa grande tela de cinema
Que vi estampada minha imagem
Acredite, não era uma miragem
Estava eu num filme de bang bang
Matar bandido não era problema
E as cenas de um velho oeste
Não saíam da minha cabeça
E mais, por incrível que pareça
A minha coragem era determinante
Me sentindo um cabra da peste
Toda cidade tinha o seu xerife
Que prendia os bandoleiros
Eu e os meus companheiros
Não admitíamos nenhum roubo
E mandava prá cadeia todo patife
Quando numa cena de um duelo
Eu encarava bem o bandido
Nada porém estava perdido
Sacava a arma com rapidez
Mandava pro inferno o amarelo
No oeste tem muto pistoleiro
Que gosta de roubar banco
Mas comigo era no tranco
Metia muita bala prá cima
O meu tiro chegava primeiro
Aquele que escapava da morte
Tinha como certo o xadrez
Assassino ali não tinha vez
Ia ver o sol nascer quadrado
Como mocinho eu tinha sorte