EU NO VELHO OESTE

Foi numa grande tela de cinema

Que vi estampada minha imagem

Acredite, não era uma miragem

Estava eu num filme de bang bang

Matar bandido não era problema

E as cenas de um velho oeste

Não saíam da minha cabeça

E mais, por incrível que pareça

A minha coragem era determinante

Me sentindo um cabra da peste

Toda cidade tinha o seu xerife

Que prendia os bandoleiros

Eu e os meus companheiros

Não admitíamos nenhum roubo

E mandava prá cadeia todo patife

Quando numa cena de um duelo

Eu encarava bem o bandido

Nada porém estava perdido

Sacava a arma com rapidez

Mandava pro inferno o amarelo

No oeste tem muto pistoleiro

Que gosta de roubar banco

Mas comigo era no tranco

Metia muita bala prá cima

O meu tiro chegava primeiro

Aquele que escapava da morte

Tinha como certo o xadrez

Assassino ali não tinha vez

Ia ver o sol nascer quadrado

Como mocinho eu tinha sorte

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 12/05/2022
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