Um Olhar Sobre a História de Serrinha.
Ficha técnica:
Nome: Um Olhar Sobre a História de Serrinha.
Número de estrofes- 26
Final: Uma estrofe em acróstico, SERRINHA.
Autor: Antonio Carvalho de Queiroz (Cristóvão de Chapada)
Função: Aux. de serviços gerais (funcionário público aprovado no Concurso Publico de Dezembro de 2006)
Escolaridade: Ensino Médio Completo (formação geral)
Filiação;
Pai: Francisco Avelino de Queiroz.
Mãe: Cecilia Carvalho de Queiroz.
Apresentação.
Um Olhar Sobre a História de Serrinha, é um trabalho que realizei após pesquisar em vários livros de escritores serrinhenses,” Tasso Franco, António José de Araújo”, entre outros escritos, como: revistas jornais, e também na Internet Com base nos escritos e nas fontes acima referidas, das quais bebi e me saciei, escrevi em forma de verso decassílabos, este resumo da História de Serrinha desde sua colonização até a data em que realizei este simples e humilde trabalho.
O qual, dedico com muito carinho as coros colegas componentes da “Família Maria Amélia”, que no decorrer dos anos de 2006 a 2009, me proporcionaram grandes emoções, e a oportunidade de voltar a estudar, escrever estes versos, além de conquistar grandes amizades criando laços de relacionamentos, os quais, tenho certeza, que já mais serão interrompidos.
Guardarei na memória, os momentos de alegrias descontração, e até mesmo, os difíceis, que foram necessários para nosso aprofundamento amadurecimento e aprendizado no que diz respeito ao relacionamento no trabalho, e no convívio entre pessoas, que diante de tudo souberam diferenciar os fatos.
Um abraço a todos! Boa leitura!
O Autor.
Objetivo.
Homenagear nossa cidade, expressar minha apreciação pela poesia, como também prestar homenagem aos cordelistas de nossa “Terra”, que lutam para manter viva a literatura de cordel com grande entusiasmo e amor, por meio dessa magnífica arte de versar os fatos de nossa região, e de todo o Nordeste. Estes Mestres são dignos de nosso respeito, nossa atenção, e nossa colaboração.
Eis Um Olhar sobre a História de Serrinha!
Saudações a todas as autoridades
Que neste ato agora se faz presente;
Representadas e até mesmo as ausentes
Mas, que honra e ama nossa cidade;
Um abraço em gesto de humildade
Dessa equipe que é tão pequenininha;
Mas que busca estar sempre na linha
Pois a diretora essa ideia alimenta
E, a Escola Maria Amélia hoje apresenta,
Um olhar sobre a história de Serrinha
O ano 1609 decorria,
E na região dos Tocós então passavam;
Os primeiros colonizadores e se acampavam
Neste ástreo Sertão desta Bahia
Encontrando nesta Terra o que queriam,
Com o brilho do Sol desse sertão;
O calor que aqueceu seu coração
E que fez se esquecerem de onde vinham
Foi assim então que em Serrinha,
Deu-se início a sua colonização.
Da pequena Fazenda Tambuatá,
Ao Sítio denominado Serrinha
Entre todas as localidades vizinhas,
Escolheram então esse lugar;
Para um povo hospitaleiro se firmar
Procriar e buscar prosperidade;
Incluindo à maior diversidade
Encontrada nessa nossa região
Foi assim que na entrada do Sertão,
Nasceu a nossa querida cidade.
Os Índios assim como em todo o Brasil
Foram os primeiros habitantes dessa terra;
Com a chegada dos colonos então encerra,
O sossego desse Povo varonil
Muitos deles na luta se sucumbiram
Enfraquecidos foram expulsos da Região
Poucos descendentes por aqui ficaram então
Lamentamos todo esse acontecido
Aos nossos Índios e irmãos queridos,
Queremos implorar o seu perdão.
Serrinha era um lugar de passagens
De boiadas vindas de outros estados;
Desenvolveu-se em um ritmo acelerado
Fomentando o cultivo das pastagens;
Deu-se início a abertura de rodágens
No intuito de escoar a produção
Alavancou o seu desenvolvimento então;
O progresso se desenvolveu ligeiro
A Cidade Princesa dos Tabuleiros,
Ganha o título de Rainha do Sertão.
A história dos africanos em Serrinha
Não é diferente dos demais lugares brasileiros
Por terem vindo de um país estrangeiro,
Enfrentaram o que nessa terra já tinha
Preconceitos maus tratos e ações mesquinhas
Sofrimentos que não estavam nos planos
Atitudes perversas dos tiranos
Que habitaram nesta Terra Sertaneja
Nosso povo atual então deseja,
É pedir desculpas aos africanos.
O criatório do nosso gado bovino
Por Bernardo da Silva foi trocado
Por outros rebanhos assim diversificados
Por exemplo, a criação de caprino
A galinha o ovino e o suíno;
Deram ênfase a nossa pecuária
Despertando nossa gente centenária
A importância de cuidar da criação,
Procurar desenvolver na região,
O trabalho na área da agrícola e agrária.
O milho a mandioca e o feijão
Começaram a ser plantados nas fazendas
O Sisal, mais outra fonte de renda.
Que resistia o clima da região
Foi cultivado e era grande a produção
Fortalecendo assim a nossa agricultura
Elevando o nosso povo a altura;
De poder assim a vida melhorar
E vender comprar e também trocar,
Os produtos vindos de outras culturas.
Vendo o progresso social sempre crescer
A fé do nosso povo lamentava
O colono no seu tempo já pregava;
Bernardo da Silva procurou fortalecer
Maria do Sacramento pode ver;
Numa fonte que ali já existia
Um sinal vindo da ‘’Virgem Maria’’
Pedindo-lhe para uma Igreja edificar;
No lugar dessa fonte erguida está,
A Matriz Velha para nossa alegria.
A devoção a Nossa Senhora Santana
Prevalece e fortalece a nossa gente
Porque Ela está sempre a nossa frente,
Intercedendo por nossa fraqueza humana
É a força que nos une e nos irmana;
E que faz aumentar a nossa fé
É por isso que Serrinha hoje é;
Protegida pela sua devoção
A Santana São Joaquim e São João,
Por Jesus por Maria e São José.
Desce as bênçãos do Céu para a cidade
Pois seus filhos vivem sempre em oração
A partilha que se faz entre os irmãos
Testemunha a religiosidade
Com muita fé em gesto de humildade
Nosso povo busca o caminho do Céu
No Natal acolhe Deus Emanuel
E na quaresma reza junto ao pé da Cruz
Recordando a via-cruz do Bom Jesus,
Na tradicional procissão do Fogaréu.
A cultura popular também surgiu
Alegrava toda essa região
Era grande a alegria no Sertão
Nosso povo sempre buscou desafios
Fundaram a Filarmônica em Abril
Em mil oitocentos e noventa e seis.
Antonio Rogério e Estefânio dessa vez,
Encararam com coragem essa parada
A Filarmônica hoje é condecorada,
Por sua musica sua força e altivez.
E em mil novecentos e quarenta
Os barbeiros do Retiro entram em ação
Fundado por Pedrinho do Barrocão
Com Cazuza que essa ideia alimenta
Zé Vicente e Miguel também enfrentam
Essa arte de tocar e fanfarrear
Contagiando todo o povo do lugar
Fascinava a toda gente que ouvia
É Serrinha, que no Sertão da Bahia,
Valoriza a cultura popular.
Outra banda musical também surgiu
Aos uns trinta anos atrás
Era o som que transmitia a paz
Contagiando os corações de quem a ouviu
Em Serrinha outra igual não existiu
Com os pífaros, bumba pratos e bateria;
Transformado a tristeza em alegria,
A melodia que acalentava a alma;
Peço agora uma grande salva de palmas,
Ao fundador, nosso irmão Zé de Bilía.
A cultura não ficou só no passado
Nosso povo tomou a iniciativa
Preservando e mantendo ainda viva,
A beleza do batalhão e o boi roubado
Canta roda o Grupo Pavão Dourado,
Samba chula reisado e cavalgada
Outra festa que é bastante afamada
Foi criada em homenagem aos vaqueiros;
E Serrinha, nesse Sertão brasileiro,
Transformou-se em Capital da Vaquejada.
O transporte era o maria-fumaça
A demanda do povo não atendia
Vez em quando que as pessoas adoeciam
Sem ter médicos suficientes na praça
A experiência dos indígenas o povo abraça
Busca a cura com os remédios caseiros
Plantas ervas, benzedeiro e rezadeiras
Da saúde do povoa então cuidavam
E as dores pouco a pouco aliviavam
Com os cuidados das mulheres benzedeiras.
Telhas tijolos adobe e pratos
Panelas potes aribé outras vasilhas
Objetos feito com barro e argila
Esteiras feitas com palhas do nosso mato
É obras do nosso artesanato
Que existe desde os primeiros colonos
Por isso a mais de cem anos
Fazem-se, vassouras, tecem e costuram chapéu
Cortiços para abelhas fazer mel
Passado todos pelas mãos dos artezanos
Tem caçuá e balaio de cipó
Cordas feitas de Sisal e caruá
Urupucas e bêspas para caçar
Do caruá se faz também o aió
Armazenar o milho no paió
Cantar chula nas batas de milho e feijão
Tirar a fubá do milho no pilão
Objeto fruto do artesanato
A matéria prima se retirava do mato,
Das caatingas dessa nossa região.
A cada dia ia aumentando o progresso
A difusão se fazia necessário
Reginaldo Ribeiro num feito extraordinário
Fundou então o primeiro jornal impresso
A sua ideia teve bastante sucesso
A imprensa foi crescendo afinal
Com o Serrinhense, o Mesa, outro jornal.
A imprensa falada veio com a Difusora
Posteriormente nasceram outras emissoras
Morena FM, e a Rádio Regional.
Para não ser esquecida a nossa história
A Biblioteca tem um acervo guardado
E Edmundo Bacelar varão honrado
Criou para nós o Prol Memória
E com essa sua ação conservatória
Mantem tudo sobre a nossa região
Guilherme Machado outro nobre cidadão
Com Galeguinho do Subaé junto a seu lado
Apresenta um Museu organizado,
Tudo sobre Virgulino e Gonzagão.
Aos colonos e aos Índios do passado
Aos Intendentes que entraram para a história
Aos Vigários silêncio em sua memória
A Bernardo da Silva nosso muito obrigado
Aos prefeitos eleitos e nomeados
A história de Serrinha lhes pertence
O sucesso de Serrinha nos convence
A dizer-lhes, em gesto de gratidão.
Vocês vivem no fundo do coração,
Da atual geração dos Serrinhenses.
Estes fatos que se viveu no passado
No presente pouco deles estamos vendo
Pois Serrinha mais e mais está crescendo
O progresso hoje está acelerado
Um futuro bem melhor é esperado
Com certeza esse sucesso, iremos ter.
Nossas gerações futuras poderão ler
Outros fatos que ficarem na memória
Mas para isso, é preciso que a história,
De Serrinha, não deixemos de escrever.
Um abraço para nossa diretora
Por sua grande e total dedicação
Pois o que faz provem do seu coração
Da Escola ela é fiel condutora
Em parceria com todas as professoras
Desenvolvem um trabalho excelente
Demonstrando ser por demais competentes
Promovendo a paz e a união
Você vive no fundo do coração
De cada um, do corpo docente e discente.
A Tania Lômes nossa querida ‘‘Prefeita”
Muita luz nessa sua caminhada
Seja sempre atuante e empenhada
E mantenha essa gestão quase perfeita
Os serrinhenses ti abraça e ti respeita
Reconhece a pessoa que você é
Pois sua força sua luta e sua fé
Ficará para sempre na história
E Serrinha obtém hoje a vitória
Ser governada pela força da ‘’Mulher’’!
Quanta alegria e quanta felicidade
Se vê agora no rosto de nossa gente
É sinal de que todos estão contentes
Com a ‘’ Prefeita’’ que busca a prosperidade
Que lutará com muita força e vontade
De proteger esse histórico centenário
Eu peço agora a quem achar necessário
Unir as vozes à essa voz fraca minha
E todos juntos vamos dizer para Serrinha,
Parabéns pelo seu aniversário.
Serrinha meu berço adorado
Esses versos, ofereço os para ti
Recordarei o que li e escrevi
Repetirei o que sei do teu passado
Intensificado o progresso alcançado
Não temerei o que estará por vir
Haverei de te ver crescer e progredir
Alcançando o desenvolvimento sonhado.
Cristóvão de Chapada. Serrinha Bahia 13/06/2008